Em meio a controvérsias sobre o modelo de negócios e neutralidade de rede, o projeto de universalização de acesso liderado pelo Facebook, o Internet.org, completou nesta segunda-feira, 27, um ano de atividades. Desde que foi inaugurado com o lançamento do aplicativo na Zâmbia, a iniciativa já chegou a 17 países e está "disponível" (ou seja, há cobertura da oferta, mas não necessariamente é utilizado) para "mais de 1 bilhão de pessoas". A meta agora é atrair mais operadoras para expandir a atuação em mais países.
Segundo o Facebook, o Internet.org "traz novos usuários para as redes móveis em média 50% mais rápido após começarem a usar os serviços básicos gratuitos". O recado para as operadoras é claro: segundo a empresa, mais da metade das pessoas que usaram a plataforma está "pagando por dados e acessando a Internet dentro dos primeiros 30 dias". A ideia de efetuar mais parcerias é prioridade para o Internet.org. "Deixamos mais fácil para qualquer operadora para iniciar o Internet.org em novos países por meio de um portal de parceria que inclui ferramentas técnicas e melhores práticas, melhorando o processo para oferecer serviços básicos gratuitos para os desconectados". O portal pode ser acessado clicando aqui.
Para acalmar também os críticos que chamam a iniciativa de acesso "walled-garden" (jardim fechado), o Internet.org afirma ter facilitado a criação de serviços para desenvolvedores na plataforma própria, embora não tenha especificado em que aspectos deixou a criação de aplicações mais fácil. "Nosso objetivo é trabalhar com a maior quantidade possível de operadoras móveis e desenvolvedores para estender os benefícios da conectividade", diz o comunicado.