|Atualizado em 27 de julho, às 23h05, com correção no título| A Alphabet, controladora do Google, apresentou lucro líquido de US$ 18,5 bilhões no segundo trimestre de 2021, aumento de 165% ante US$ 7 bilhões no mesmo período no ano passado. O lucro operacional da empresa mais que triplicou (216%), de US$ 6 bilhões para US$ 19 bilhões. E a receita total subiu de R$ 38 bilhões para US$ 62 bilhões, incremento de 62%.
Importante dizer que, embora o resultado faça uma comparação com o trimestre mais afetado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov 2) em 2020, a série histórica da Alphabet em receitas sempre se manteve na casa dos US$ 30 bilhões.
Ou seja, em termos de receita, o resultado do Google é um ponto fora da curva:
2º trimestre | Receita em bilhões |
2018 | US$ 32,5 |
2019 | US$ 36 |
2020 | US$ 38 |
2021 | US$ 62 |
Este salto também pode ser notado em lucro líquido:
2º trimestre | Lucro líquido em bilhões |
2018 | US$ 3 |
2019 | US$ 6,5 |
2020 | US$ 7 |
2021 | US$ 18,5 |
Operacional
De acordo com a CFO da companhia, Ruth Poirat, o aumento de receita e lucro deu-se pelas atividades elevadas de seus usuários online e pelo forte faturamento em publicidade. Por sua vez, o CBO (chief business officer) do Google, Phillipp Schindler, afirmou que o crescimento ocorreu principalmente com campanhas para o setor de varejo, seguido por viagens, serviços financeiros e entretenimento.
Atualmente, 80% dos criativos usam a ferramenta automatizada de biding (compra de palavras-chave), baseada em machine learning do Google.
“Vimos uma maré crescente em consumo online e atividades de negócios”, completou Sundar Pichai, CEO da companhia em conferência com analistas nesta noite. Pichai disse ainda que isso reflete para os parceiros de mídia e criadores de conteúdo para a plataforma, que receberam mais dinheiro do que nunca na história do Google, assim como os conteudistas do YouTube.
No ecossistema do Android, a companhia acumula US$ 120 bilhões em receita compartilhada com os desenvolvedores em toda sua história.
Paralelamente, o CEO afirmou que o Google enviou mais usuários para sites de terceiros no último ano do que em qualquer período anterior. E o YouTube Shorts, o Stories da plataforma, continua ganhando força. Com presença em mais de 100 países, o serviço passou de 15 bilhões de visualizações diárias.
Brasil
O Google Pay no Brasil ganhou um novo comando nesta terça-feira. Paula Paschoal assume como managing director da plataforma de pagamento. A executiva deixou o PayPal recentemente após 11 anos, e chega ao Google com a missão de acelerar a carteira no País.
Formada em administração pela FAAP e especializada em administração pela FGV-SP, Paschoal tem passagens por AMD e FNAC, além de atuar como conselheira de Amcham, Nuvini, Viveo e Pravaler.