A TIM abriu um processo de arbitragem contra o banco C6 Bank (Android, iOS) no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. O objetivo é discutir algumas das cláusulas contratuais na parceria operacional entre as partes, informa a operadora em seu relatório financeiro do segundo trimestre. Não são fornecidos maiores detalhes, mas a TIM diz que, se perder a arbitragem, a parceria pode ser desfeita sem a aquisição de participação acionária no banco e com a cobrança de uma multa.

Análise

A parceria entre TIM e C6 foi lançada em março do ano passado. Foi a primeira seguindo a estratégia que a operadora chama de “customer platform”, em que ela disponibiliza sua base de dezenas de milhões de clientes e seus canais de comunicação e vendas para ajudar o parceiro a escalar o seu negócio, em troca de uma comissão e de participação acionária.

Em pouco mais de um ano de parceria, a TIM levou cerca de 3 milhões de novos correntistas para o C6 e garantiu 2,9% de participação acionária no banco digital. O acordo já impacta positivamente na operadora: seu resultado financeiro líquido que havia sido negativo em R$ 232 milhões no segundo trimestre de 2020 agora foi negativo em apenas R$ 36 milhões, no mesmo período deste ano. Uma das razões para a melhora foi a parceria com o C6, informa a companhia em seu relatório.

A estratégia de atuar como “customer platform” está sendo expandida pela TIM para parcerias em outros setores. Recentemente, fechou um acordo similar com a Kroton, para a oferta de cursos via celular para seus assinantes pelo app Ampli e a promessa de criação de uma joint-venture. Estão em negociação também parcerias para criação de uma carteira digital para pré-pagos e outra na área de telessaúde.

 

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