A Vivo pagou a maior parcela de suas obrigações com o leilão do 5G. Em conversa com analistas de mercado nesta quarta-feira, 27, o CFO da operadora, David Melcon, confirmou que houve uma quitação de R$ 2,4 bilhões pelas licenças obtidas no certame, mas isso trouxe um aumento no endividamento da companhia, que precisou emitir R$ 1 bilhão em dívida bancária no mesmo período.
“A maior parte do pagamento das licenças foi feita neste trimestre, R$ 2,4 bilhões de um compromisso total de R$ 2,7 bilhões”, disse o executivo. “A companhia teve um aumento de 2,6 vezes no endividamento, de R$ 1,4 bilhão para R$ 3,8 bilhões. Isso inclui a emissão de dívida bancárias em abril de 2022, avaliada em R$ 1 bilhão, que será usada para pagar os compromissos da companhia, como o leilão do 5G”, completou.
Por sua vez, Christian Gebara, CEO da Vivo, explicou que as expectativas entre gastos operacionais e ganhos com 5G “fazem parte da evolução do negócio”, mas que isso também inclui reduzir investimentos em tecnologias legadas.
“Ainda estamos investindo no 4,5 G em algumas regiões. Começamos a instalar o 5G nas cidades que têm essa obrigação. Mas quando avançarmos com isso (5G), não vamos mais investir em legado, como 2G e 3G”, disse Gebara. “Vamos aproveitar a nossa posição como líder e provedor de infraestrutura em mobile e fibra no Brasil. Acreditamos que isso (conectividade) trará mais receitas combinando com os serviços digitais. Portanto, o 5G será parte do Capex, mas também tem redução de investimento em tecnologias anteriores”, completou.
Vale dizer, a operadora teve aumento de 6% em seu Capex no primeiro semestre de 2022, alcançando com R$ 4,4 bilhões ante R$ 4,2 bilhões de um ano antes. Além do 5G, a empresa investiu na expansão de sua rede de fibra.