Estima-se que hoje no Brasil mais de 250 mil pequenas e médias empresas utilizam soluções de mPOS. Trata-se de um serviço que transforma o smartphone do comerciante em uma máquina leitora de cartões de crédito, graças a um acessório acoplado nele. Bandeiras e emissores de cartão de crédito veem a novidade com bons olhos, pois aumenta a base de aceitação desse meio de pagamento. O problema é que falta padronização técnica desse serviço, o que confunde o consumidor. São mais de dez provedores diferentes, cada um com um terminal distinto. Esse é o principal desafio do mercado de mPOS, na opinião do gerente de mobilidade da Visa no Brasil, Daniel Andrade.
O terminal de cada empresa de mPOS funciona de maneira diferente. Há acessórios que se comunicam por Bluetooth, outros se conectam pela entrada de fone de ouvido do smartphone, alguns têm teclado para digitação de senha para aceitar pagamento em débito, e há aqueles que ainda funcionam apenas com tarja e exigem a assinatura do comprador com o dedo na tela do aparelho. Para Andrade, é preciso padronizar o mPOS tal como houve nas máquinas tradicionais de POS, para que o consumidor se acostume com esse processo de compra.
Grandes varejistas
Na opinião do diretor de mobilidade da Visa para América Latina, Rodrigo Meirelles, as soluções de mPOS não vão se limitar à base da pirâmide do comércio, mas serão adotadas também por grandes varejistas, especialmente para reduzir as filas de pagamento em lojas muito movimentadas. "Já vimos experiências em cadeias de fast food, inclusive no drive through. São soluções de papa-fila", explica Rodrigo Meirelles, diretor de mobilidade da Visa para América Latina.
Andrade e Meirelles participaram nesta quarta-feira, 27, do Visa innovation Day, em São Paulo.