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Da esquerda para direita: Marcelo Braga, VP de Watson e Cloud; Tonny Martins, presidente da IBM Brasil; Marcos Paraiso, executivo de plataforma em nuvem

O vice-presidente de Watson e Cloud na IBM Brasil, Marcelo Braga, acredita que seus clientes terão múltiplas nuvens no futuro, variando entre soluções híbridas, privadas e públicas. O comentário foi feito durante o lançamento da expansão do IBM Cloud com um novo datacenter multirregional (Multizone Region ou MzR) para atender Brasil e Cone Sul.

Na visão de Braga, o avanço para nuvens acontece pela crescente demanda de sofisticação no setor, como em soluções de inteligência artificial, blockchain, Internet das Coisas (IoT) e analítica avançada. Ou seja, é uma evolução do atual cenário da computação em nuvem, deixando as companhias mais abertas para migrar seus serviços e soluções entre as diversas opções existentes.

“O mercado vem amadurecendo muito nos últimos anos. A primeira etapa era de lift-and-shifting (migrar aplicações sem alterações, na tradução livre do inglês). Mas agora vemos uma demanda mais sofisticada das empresas”, disse o VP de Watson e Cloud. “Os clientes estão indo para as plataformas abertas e querem evitar o lock-in dos consumidores. Eles querem uma plataforma aberta para movimentar de dentro de casa (on-premise) para fora de casa (nuvem), e da nossa nuvem para outras nuvens”.

Expansão do IBM Cloud

O anúncio feito nesta terça-feira, 27, tem como objetivo reduzir ou eliminar os problemas de interoperabilidade na nuvem, mas também pretende melhorar o uso de aplicações da IBM, em especial o Watson. Com o lançamento do serviço de cloud multirregião, as aplicações do motor de inteligência artificial da companhia terão uma redução em latência, em alguns casos de 100 ms para 10 ms.

Marcos Paraiso, executivo da plataforma em nuvem da IBM, explicou que os clientes e parceiros que usam a IA poderão acessá-la direto do servidor no Brasil. Antes, o acesso era feito por meio de conexão com os servidores externos (nos EUA). Além das aplicações de Watson, os clientes de soluções de nuvem da IBM terão acesso a 170 serviços de IoT, blockchain, data, serverless e containers.

Empresas cognitivas

Por sua vez, Tonny Martins, presidente da IBM Brasil, frisou que o avanço da tecnologia de cloud da companhia é um indicativo do desenvolvimento das soluções de inteligência artificial no Brasil e das necessidades que empresas e parceiros têm em escalar no segmento: “Essa infraestrutura viabiliza a nossa consolidação de soluções em inteligência artificial. Somos líderes em IA incontestáveis através do Watson, com soluções concretas, em todas as indústrias”. E completou: “O próximo capítulo é tornar essas empresas cognitivas. A inteligência artificial agora está no centro de tudo. Todas as áreas das empresas estão vendo as vantagens da IA, mas também de analítica avançada, blockchain e IoT. Tudo isso para melhorar a experiência do cliente, com mais precisão e escala”.

O presidente local da IBM ressaltou que a expansão do serviço deve acontecer a partir do segundo semestre de 2020 e terá como base uma localização próxima a Jundiaí (cidade a 63 km de São Paulo). A ideia é que haja aumento de capacidade; consolidação de novas soluções e funcionalidade; e mais resiliência e segurança.

Sobre as áreas que pretendem atingir com o novo serviço, Martins acredita que vai além dos clientes tradicionais, como operadoras de telecomunicações, bancos e operadoras de seguro. Para ele, o avanço para um sistema de nuvem mais aberto e adaptável abre margem para ajudar outras verticais, como esportes, saúde, educação e agricultura.

 

 

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