O Brasil é um benchmark global com potencial para dobrar em volume de transações de pagamentos – mercado que cresce, em média, 15,8% ao ano. É o que acredita Carlo Enrico, presidente da Mastercard na América Latina. “Não sei se vocês no Brasil têm noção do quão afortunados são. Não há tantos mercados que são inovadores e competitivos, e que adicionalmente são inteligentes, rápidos, desenvolvidos, penetráveis, evoluídos e sofisticados. Sim, todo dia tem um novo desafio, existem muitas demandas, como competição e regulação, mas essa é a beleza do cenário”, disse durante o evento Master Minds, nesta terça-feira, 27.
Recém-empossado presidente da bandeira para o Brasil, Marcelo Tangioni, afirmou que o Brasil é um dos principais mercados da companhia. Ainda assim, afirmou que “há muito trabalho a ser feito”, pois o País tem 34 milhões de desbancarizados que precisam ser adicionados ao ecossistema sistema financeiro nacional.
Tangioni explicou ainda que o open finance é uma “nova fronteira” para a companhia e uma nova forma de criar melhores produtos e serviços, e de reduzir taxas bancárias para o consumidor.
Cripto
Outro ponto debatido no evento foi o caminhar da bandeira em direção aos criptoativos. Enrico prevê que o momento é do “inverno cripto” com a volatilidade no câmbio, mas que o mercado “encontrará seu próprio caminho” e, para isso, prevê que haverá menor “burburinho, especulação e mais infraestrutura”.
O presidente da Mastercard na América Latina enxerga a possibilidade de trabalhar em sua rede com stablecoins, os ativos digitais baseados em moedas tradicionais. Uma vez que seja liberado por reguladores, uma das possibilidades é de a companhia fazer a intermediação entre o status quo (bancos tradicionais) e o mercado cripto. Enrico afirma ainda que haverá uma consolidação do mercado cripto com fintechs e bancos tradicionais.