Em 2019 serão feitas no mundo quase 5 bilhões de transações financeiras autenticadas por biometria através de dispositivos móveis. Trata-se de um crescimento significativo em comparação com a previsão para este ano, de apenas 130 milhões de transações. As projeções são da Juniper Research, em um relatório divulgado esta semana.
O uso da biometria como fator de autenticação em transações financeiras móveis crescerá graças à popularização de smartphones com scanners para leitura de digital. Hoje, apenas aparelhos top de linha possuem essa capacidade, como o iPhone 6S e o Galaxy S6 Edge. Porém, a tendência é que esses scanners comecem a aparecer em modelos de gama média. Vale lembrar que a leitura de digital agora é parte integrante da mais recente versão do Android (6.0), o que facilita a criação de apps que utilizem esse fator de autenticação.
Ao mesmo tempo, serviços internacionais de pagamento que usam o leitor de digital estão se espalhando pelo mundo. Os pioneiros foram Apple Pay e Samsung Pay. O primeiro está restrito aos EUA e ao Reino Unido, enquanto o segundo está disponível apenas nos EUA e na Coreia do Sul. Ambos devem se tornar globais ao longo dos próximos anos.
Segurança
Os analistas da Juniper Research, contudo, ressaltam a necessidade de cuidados redobrados com segurança quando se trata de biometria. Se uma pessoa tem a senha roubada, basta criar outra para resolver o problema. Mas se seus dados biométricos forem capturados, a sua identidade fica comprometida para sempre. Por isso, é preciso guardar essas credenciais em locais extremamente seguros. No relatório é citada uma vulnerabilidade do smartphone HTC One Max, que armazenava os dados de impressão digital em um local acessível por qualquer um – a falha já foi corrigida, mas serviu para expor o problema.