[Matéria atualizada em 28/01/2021, às 21h20] A base móvel brasileira encerrou 2020 com 234,1 milhões de linhas em serviço, alta de 3,26% na comparação com 2019, quando eram 226,7 milhões, segundo os dados da Anatel. Ou seja, houve uma adição líquida de 7,4 milhões de linhas. Ao logo do ano passado, a Claro foi a operadora que mais cresceu em pós-pago e 4G. No pré-pago, a Vivo liderou em adições líquidas.
A base móvel da Vivo continua sendo a maior entre as quatro principais operadoras do País, com um total de 78,6 milhões, um incremento de 4 milhões, ou 5,36% a mais na comparação com 2019.
Mas foi a base móvel da Claro que mais cresceu, com 5,1 milhões de adições em 2020, um aumento de 8,8% na comparação com o ano anterior, subindo de 57,9 milhões (2019) para 63,1 milhões. Os dados levam em consideração a incorporação da Nextel, combinando as duas bases inclusive em 2019.
Por outro lado, a TIM registrou queda 5,7% na sua base móvel, uma perda de 3,1 milhões de linhas móveis em serviço, baixando de 54,4 milhões para 51,4 milhões.
No caso da Oi, a operadora também teve queda em sua base, porém mais sutil, passando de 36,8 milhões (2019) para 36,7 milhões, num total de 100 mil chips a menos. A empresa vendeu no final do ano passado a sua operação móvel para a proposta conjunta da Claro, TIM e Vivo, mas sua base deverá constar segregada na Anatel em 2021, pelo menos até que a transação seja finalizada.
4G
Em 2020, a base 4G brasileira cresceu 13%, na comparação com 2019, após 20 milhões de novos SIMcards serem ativados em dispositivos com a tecnologia em um ano. Agora, 173,7 milhões de clientes contam com serviço de quarta geração móvel, ou 74,2% do mercado nacional.
Assim como em novembro, a Claro foi a operadora que mais ativou chips 4G ao logo de 2020. A empresa adicionou 7,5 milhões, alta de 21% na comparação ano a ano, totalizando, em dezembro de 2020, 43,4 milhões de conexões 4G – quantia que cresce para 46,2 milhões com a adição da base da Nextel, que na Anatel ainda é segregada. Apesar da aceleração, a Vivo segue líder, com 55,9 milhões de linhas 4G ativas. Ao longo do ano, a operadora inseriu no mercado 7,1 milhões de assinantes 4G, aumento de 14,55%.
No caso da TIM, foram inseridos no mercado 3 milhões de novos assinantes 4G, passando de 39,03 milhões para 42 milhões, incremento de 7,7% na comparação com 2019.
A Oi, por sua vez, adicionou 2 milhões de linhas móveis 4G em um ano, passando de 24,83 milhões (2019) para 26,8 milhões (2020), um aumento de 8,1%. Confira no gráfico abaixo como está distribuído o mercado:
Pós-pago
O número de acessos pós-pagos no Brasil teve aumento de 8,6% entre dezembro de 2019 e o mesmo mês em 2020. Ao todo, foram 9,4 milhões de novos assinantes dessa modalidade, chegando a 119 milhões, no ano em que essa modalidade de pagamento mensal (incluindo controle) se sobressaiu à tradicional preferência de modelo de recargas do pré-pago. Atualmente, o pós-pago representa 50,8% da base e o pré-pago, 49,2%. Confira a evolução desde meados de 2004, conforme os dados da Anatel:
No ano, a Claro (contabilizando com a Nextel) foi a que mais adicionou no pós-pago. Ao todo foram 4,7 milhões de chips, alta de 15,2% na comparação ano a ano. Ao todo, a operadora tem 35,6 milhões de assinantes pós-pago no mercado nacional, o que corresponde a 56,5% do total da base. Mas é a Vivo a empresa que mais possui chips desse tipo, somando 44,9 milhões, o que representa 57,1% do total de sua base. Ao longo de 2020, foram acrescentados à base da Vivo 1,7 milhão de chips pós-pago.
No caso da TIM, o incremento em sua base pós-paga foi bem mais sutil, com 400 mil a mais, um aumento de 1,4%, passando de 21,5 milhões (2019) para 21,8 milhões em 2020. A categoria representa 42,4% de sua base.
A Oi teve um aumento de 11,4% em sua base pós-paga, um incremento de 1,4 milhão. Neste caso, a operadora passou de 12,3 milhões para 13,7 milhões em um ano. Atualmente, o pós representa 37,3% de sua base.
Fatia de mercado
Em market share, a Vivo lidera com 33,6%, seguida pela Claro (25,7%), TIM (22%) e Oi (15,7%). A Nextel está com 1,3% e a Algar com 1,1%. (Colaborou Bruno do Amaral, do Teletime)