|Atualização em 29 de janeiro de 2025, às 13h30, com correção sobre o motivo do atraso pagamento da outorga|

|Mobile Time Latinoamérica| Um ano após a adjudicação de parte do espectro 5G na Colômbia, há duas empresas que ainda não iniciaram o processo de implantação. A WOM Colômbia, devido ao seu processo de reorganização empresarial, e a brasileira Telecall, que aguarda um investidor para o projeto.

De acordo com uma investigação publicada pelo Cambio, um meio de comunicação colombiano, a Telecall, que entraria no mercado colombiano como uma nova operadora, não efetuou o pagamento correspondente pelo espectro e, portanto, poderia ter que devolvê-lo ao país. A Telecall apresentou propostas de pagamento e afirma que não pretende abandonar o mercado colombiano.

A reportagem também destaca que a empresa é representada no país pelo ex-vice-ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC), Iván Mantilla, que enfrenta questionamentos relacionados ao escândalo de corrupção conhecido como ‘Centros Poblados’.

O futuro da Telecall na Colômbia

O agora ex-ministro das TIC Mauricio Lizcano afirmou durante sua saída que a implantação do 5G na Colômbia superou as expectativas iniciais, com mais de 1.500 antenas em operação – 58% a mais do que o previsto para o primeiro ano após o leilão. No entanto, ele reconheceu que as dificuldades com a Telecall e a WOM trouxeram desafios adicionais.

Lizcano defendeu a transparência do leilão, destacando que as condições não foram alteradas para beneficiar nenhuma das empresas envolvidas. “Não se perdeu um único peso, e todas as ações estão cobertas por garantias”, afirmou.

Além disso, Lizcano garantiu que, desde novembro de 2024, quando o prazo para pagamento do espectro expirou, a Telecall apresentou um acordo de pagamento para evitar sanções. No entanto, essa proposta foi rejeitada pelo Ministério das TIC devido a “inconsistências”.

“É importante ressaltar que, se as empresas não pagarem, o Ministério pode acionar as seguradoras para resgatar as garantias de seriedade da oferta”, declarou Lizcano.

Apesar disso, o descumprimento da Telecall e a ausência de implantação geraram críticas de vários setores e de outros operadores, que consideram que essa situação prejudica a concorrência e limita a conectividade.

Embora a Telecall esteja enfrentando um processo sancionatório e o Ministério já tenha requisitado as garantias pelo descumprimento, fontes próximas à empresa disseram à Mobile Time que não planejam sair do país. A empresa espera chegar a um acordo com o novo titular da pasta das TIC e aponta uma suposta pressão de outro operador como uma das causas da controvérsia.

A imagem no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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