Fala-se muito dos carros autônomos, mas talvez antes de vermos carros dirigindo sozinhos nas grandes cidades, poderemos ter drones autônomos voando sobre as nossas cabeças. É o que prevê Ran Krauss, CEO e cofundador Airbotics, uma start-up israelense que produz drones 100% autônomos e que tem um dos fundadores do Waze em seu conselho de administração. Seus drones já estão operando para aplicações nos setores de mineração, óleo e gás, e portos. O próximo passo será voar nas cidades, disse Krauss durante painel sobre inteligência artificial no Mobile World Congress, em Barcelona, nesta quarta-feira, 28.
As operadoras móveis terão um papel fundamental nessa entrada dos drones no tráfego aéreo das cidades, provendo as redes que servirão tanto para o tráfego de dados dos drones quanto para a sua navegação segura.
“Esperamos voar em cidades no fim deste ano. E as teles vão prover a infra para isso, seja para o tráfego de dados ou seja para o controle do espaço aéreo. Não há outra maneira sem a infraestrutura das teles. Vocês operadoras precisam entrar no jogo”, disse Krauss à plateia recheada de representantes de operadoras móveis do mundo inteiro.
O executivo prevê que a primeira aplicação para drones autônomos nas cidades será a de auxílio a situações de emergência. Em caso de um incêndio, por exemplo, o drone pode chegar ao local mais rapidamente que os socorristas e enviar imagens em vídeo, em tempo real, para os bombeiros.
A adoção dos drones primeiramente em situações de emergência ajudaria a quebrar um pouco a resistência da sociedade à sua utilização. Depois, Krauss projeta o uso de drones autônomos para a inspeção de construções urbanas, como pontes e viadutos, assim como para segurança pública e para entrega de encomendas. Obviamente, é necessário que os produtos sigam a regulamentação local fielmente e tenham mecanismos de segurança, para evitar choques. Isso inclui, por exemplo, a presença de um paraquedas para cada unidade.