A próxima etapa na evolução da Internet das Coisas (IoT) será a sua transformação na “Economia das Coisas”, prevê o CEO da Vodafone, Nick Read, em apresentação no painel de abertura do Mobile World Congress (MWC), nesta segunda-feira, 28, em Barcelona. Ele descreveu esse conceito como sendo a possiblidade de haver transações financeiras automatizadas entre máquinas. Como exemplo, citou uma plataforma digital criada recentemente pela sua operadora para viabilizar o pagamento pela recarga de carros elétricos.
“Nossa plataforma conecta um veículo elétrico a uma carteira digital pré-autorizada para pagar pela recarga em um posto elétrico. Queremos que as máquinas possam realizar transações entre si sem precisar da intervenção humana”, explicou.
A Vodafone mantém hoje uma plataforma de IoT com mais de 450 milhões de máquinas conectadas, quantidade que triplicou nos últimos cinco anos. E a previsão é de que chegue a 5 bilhões de conexões nos próximos cinco anos. “60% dos fabricantes automotivos na Europa estão na nossa plataforma”, afirmou.
5G
O CEO da Vodafone, contudo, criticou o atraso europeu frente à Ásia e aos Estados Unidos na implementação das redes de quinta geração (5G). Segundo o executivo, hoje a cobertura 5G alcança 90% da população sul-coreana, 60% da chinesa, 45% da norte-americana e menos de 10% da europeia.
“O 5G é um catalisador da inovação, abrindo uma nova fase de digitalização. Todo país precisa maximizar essa oportunidade. Quem tiver 5G primeiro vai inovar mais rapidamente. Para continuar competitiva economicamente em áreas como o setor automotivo e a agricultura, a Europa precisa acelerar o 5G”, disse Read.