A Tigo Money, carteira digital da Tigo que está em quatro países da América Latina, tem atualmente 5 milhões de clientes ativos. Por ano, sua receita é de US$ 50 milhões e são transacionados US$ 4 bilhões. Os dados foram apresentados nesta manhã de segunda-feira, 28 por Mauricio Ramos, CEO da Millicom, grupo que controla a operadora latino-americana, durante o primeiro dia da MWC Barcelona 2022.
“Nós operamos em áreas em que 50% da população é desbancarizada, mas 90% deles têm cobertura de internet em modelo pré-pago. Isso permite cash-in e cash-out em cada esquina. Com QR Code ubíquo. Ou seja, nós podemos ser a carteira digital em cada mercado que atuamos”, disse o executivo. “Apenas na América Latina, a divisão financeira da Tigo tem 5 milhões de usuários e US$ 50 milhões de receita anual. Isso nos move de telco para fintech”, afirmou.
Ramos explicou para a plateia do evento que atua na outra América Latina, aquela que não inclui Brasil, México e Argentina, os três maiores países da região em termos financeiros. Trata-se de outros países da América do Sul e Central, do Paraguai até a Guatemala. Para esta região que a Tigo está, o CEO afirmou que há grande potencial de crescimento.
“Apenas metade da população usa LTE e um terço das casas tem acessos à internet doméstica de banda larga. Isso traz oportunidades. Imaginem a quantidade de fibras que temos que passar. Dito isso, essa outra América Latina está crescendo nesses termos, e está crescendo rápido”, afirmou. “Temos 58 milhões de clientes em dez países. Nos últimos três anos fizemos US$ 5 bilhões em aquisições apenas na América Central. Mas o mais importante: nós nos movemos no nosso próprio ritmo. E isso acontece porque operamos em mercados que precisam se ajustar. Nós precisamos de modelos de custo eficientes, pois o nosso ARPU é de US$ 5 por mês. E temos a mesma demanda de conectividade e digitalização que os países desenvolvidos”, completou.
O CEO explicou que para atuar neste mercado, sua companhia tem se posicionado como digital enabler para parceiros, de forma a atrair novos setores, como o de finanças.
“Essa digital telco precisa ser o pipe de escolha. Se você fizer a conectividade, você será o ponto de entrada para o resto”, concluiu.