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A principal mensagem transmitida em um painel sobre Internet das Coisas (IoT) realizado no MWC 22, em Barcelona, nesta segunda-feira, 28, é que a adoção de tecnologias abertas é fundamental para o sucesso de qualquer projeto nessa área. Participaram do painel representantes de ARM, Lenovo, Microsoft, Telefónica e Toshiba.

“Hoje há soluções diferentes para diferentes funcionalidades, com softwares diferentes e sensores diferentes: está virando um pesadelo! O desafio não é técnico, mas de liderança, para juntar tudo”, criticou Charles Fernand, vice-presidente sênior de edge computing e telcos da Lenovo.

“Nenhum parceiro consegue construir uma solução completa fim a fim. Geralmente cada um se especializa em problemas específicos”, acrescentou Mahesh Sooryanbandara, diretor do laboratório de pesquisas da Toshiba.

A diretora de soluções Azure da Microsoft, Jaione Pagazaurtundua, propôs o caminho a seguir: “É preciso adotar APIs abertas. Ninguém quer uma solução vertical fim a fim. É preciso trazer o parceiro certo para cada parte e gerenciar o todo. Ou seja, deixe aberto para os diferentes parceiros atuarem dentro de suas especialidades e crie uma camada de gerenciamento de operações sobre todas as demais.”

Elena Lizasoain, diretora global de produtos e operações de negócios da Telefónica, concorda que é preciso haver maior cooperação e maior flexibilidade nas parcerias. “Trata-se de um contexto muito complexo, em que seus parceiros são seus amigos e inimigos ao mesmo tempo”, comentou.

Por fim, Dipti Vachani, vice-presidente sênior para o setor automotivo e IoT da ARM, concorda com a busca de tecnologias abertas, mas lembrou que isso não pode impedir a diferenciação entre os fabricantes. E concluiu destacando a importância de atrair desenvolvedores para o segmento de IoT, o que é facilitado quando se trata de plataformas abertas.

 

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