As operadoras móveis virtuais (MVNOs) também podem montar redes privadas móveis. Este é um novo mercado que começa a ser explorado pela NLT, uma MVNO especializada em projetos de Internet das Coisas (IoT). A NLT já está com seis projetos de redes privadas móveis no pipeline.
O primeiro projeto combinará uma rede privada 4G na faixa de 2,3 GHz em caráter secundário para automação de máquinas e uma rede LoRaWAN para transmissão de dados de diversos sensores. Um dos requisitos do cliente é que seja uma rede pronta para o 5G no futuro, relata o CEO da NLT, André Martins, em conversa com Mobile Time.
A construção de redes híbridas, que mesclam 4G/5G com LoRaWAN, é uma das tendências apontadas pelo executivo.“Assim o cliente pode ter um veículo conectado a uma rede LTE e vários sensores em LoRaWAN, o que sai mais barato. Nosso mote são redes híbridas para IoT”, diz. Um dos fornecedores para redes móveis da NLT é a Trópico, informa Martins.
O CEO da NLT relata que um dos clientes chegou a experimentar uma rede privada com espectro licenciado de uma operadora tradicional, colocando uma estação rádio-base dentro das suas instalações. Mas a qualidade do serviço teria piorado porque a ERB atendia a outros estabelecimentos próximos, aonde chegava o sinal. Com isso, optou por migrar para uma solução em outra faixa de frequência com a NLT.
A implementação de redes privadas móveis é uma das tendências atuais no mercado brasileiro de telefonia celular, conforme detalhado em matéria especial do Mobile Time publicada na semana passada.
Martins participará de um painel sobre redes privadas móveis no Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nos dias 5 e 6 de abril, no WTC, em São Paulo. A agenda atualizada e mais informações estão disponíveis em www.operadorasinovadoras.com.br