O Stir/Shaken, solução de autenticação de chamadas de telemarketing que está sendo adotada de maneira padronizada pelas operadoras brasileiras a partir desta semana, só vai funcionar quando o usuário final estiver conectado a uma rede 4G ou 5G. Ou seja, mesmo que ele tenha um aparelho de última geração, com o app de discagem habilitado para o Stir/Shaken, não conseguirá ver as informações sobre a chamada recebida (nome da empresa, logo e motivo da ligação) se estiver conectado a uma rede 2G ou 3G no momento em que receber o telefonema.

Essa restrição se deveu ao custo de se adaptar as redes legadas para o Stir/Shaken, apurou Mobile Time. Foi acordado entre as operadoras de que não valeria a pena realizar esse investimento para as redes 2G e 3G, pois isso encareceria demais o serviço de autenticação. Cabe lembrar também que, mais cedo ou mais tarde, essas redes serão desligadas. A Anatel está ciente da restrição.

As operadoras precisaram fazer uma série de ajustes em seu core, em suas centrais e na rede de sinalização para se adequarem ao Stir/Shaken. A solução adotada é fornecida pela Cleartech e está sendo gerenciada de maneira centralizada pela ABR Telecom.

Além da restrição de rede, a solução depende do modelo de aparelho, do sistema operacional e do app de discagem. No caso de smartphones Android, o Google informa que todos aqueles com OS a partir do Android 11 estão habilitados a trabalhar com Stir/Shaken.

Ilustração no alto: Nik Neves

 

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