A Meta, em parceria com os centros de neuroimagem NeuroSpin (CEA) e INRIA, anunciou o início de uma pesquisa de longo prazo para analisar como o cérebro humano processa a linguagem e comparar com os modelos atuais utilizados em inteligência artificial (IA). O objetivo é tentar aprender com o cérebro humano para aprimorar a IA.
Os cientistas responsáveis pelo projeto citam como exemplo o significado da palavra “laranja”. Enquanto uma criança precisa de poucos exemplos para entender que “laranja” pode ser uma fruta ou uma cor, a inteligência artificial não atinge esse entendimento de forma tão eficiente, quando está aprendendo sozinha.
A hipótese dos pesquisadores é de que há semelhanças quantificáveis entre cérebros e modelos de IA, o que já é apontado por alguns estudos preliminares. A nova pesquisa vai tentar aprofundar e detalhar melhor essa tese. “Essa teoria abre novos caminhos, onde a neurociência guiará o desenvolvimento de uma IA mais inteligente e, por sua vez, a IA ajudará a desvendar os mistérios do cérebro”, escrevem os pesquisadores Jean Remi King; Charlotte Caucheteux; Théo Desbordes; e Alexandre Défossez, em artigo sobre o assunto enviado pela Meta à imprensa.