A paralisação dos caminhoneiros e a consequente falta de combustível ameaça os serviços de telecomunicações no Brasil. As operadoras precisam de combustível para os carros de seus técnicos poderem realizar serviços de manutenção das redes. Além disso, muitas torres de telefonia celular contam com geradores para funcionamento em caso de falta de abastecimento regular de energia. Esses geradores precisam de combustível para funcionar.
As operadoras alertam que seus estoques de combustível estão praticamente zerados e enviaram uma solicitação à Anatel para que seu abastecimento seja considerado prioritário, já que telecomunicação é um serviço essencial para o País. No documento, as teles citam o decreto 9.382, assinado pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira, 25, que permite o uso das Forças Armadas para desobstruir estradas e escoltar caminhões que atendam a serviços considerados essenciais.
“(…) se não forem tomadas medidas emergenciais, os serviços de manutenção e reparo não poderão ser realizados. Isso poderá prejudicar não só o consumidor individual, mas principalmente órgãos com atividades essenciais, como hospitais, bombeiros, segurança pública, que poderão ter serviços de telefone, SMS e internet suspensos por eventuais falhas que não possam ser corrigidas, pela impossibilidade de descolamento das equipes”, diz o documento assinado pelo SindiTelebrasil, entidade que representa as operadoras. E conclui alertando para a dificuldade de se atender em caso de falhas massivas, que, se ocorrerem, atingem milhões de pessoas, interrompendo diversos serviços de telecom.
Claro
A Claro enviou comunicado individual, no qual reconhece o impacto da falta de combustível no trabalho de manutenção de rede e de atendimento de seus técnicos às residências dos clientes. “Desde já, a Claro pede desculpas e se solidariza a seus clientes. Também se compromete a recuperar o tempo perdido, retomando agendamentos e agilizando manutenções, assim que a situação estiver normalizada”, diz a empresa.