Os investimentos no setor de telecomunicações no Brasil registraram uma queda de 12,5% em 2023, totalizando R$ 35 bilhões, ante US$ 40 bilhões do ano anterior. De acordo com dados compilados pela Conexis, a queda está relacionada aos investimentos iniciais e cumprimentos de metas pós-leilão do 5G que foram mais fortes em 2021 e 2022.
Contudo, a associação das operadoras de telecomunicações reforçou que o investimento em 2023 faz parte de um ciclo de forte investimento nos últimos três anos, além de manter uma média estável de 20% do total da receita líquida investida.
No último ano, a receita líquida das operadoras foi de R$ 279 bilhões, um recuo de 5% se comparado com 2022, de acordo com a Conexis. Neste caso, a disputa por preço na banda larga fixa e móvel colaborou para a queda.
Marcos Ferrari, presidente-executivo do grupo, lembrou que o 5G foi instalado em 352 cidades em 2023 que representam mais da metade (54%) da população brasileira. E a base de antenas instaladas no País chegou a 91,1 mil, incremento de 4% ante 2022 puxado principalmente pelo 5G.
Em sua análise, a associação ainda reforça que a telefonia móvel chegou aos 256 milhões de acessos no final de 2023, sendo 21 milhões no 5G. Além disso, o setor teve uma queda de 0,5% em empregos diretos e fechou 2023 com 519 mil trabalhadores.
Ferrari também afirmou que os ganhos das operadoras podem voltar a crescer em 2024, a partir de mais faturamento com a quinta geração das redes móveis (em diferentes indústrias) e o Open Gateway.
Imagem principal: Arte criada por Nik Neves para Mobile Time
