A indústria de segurança para dispositivos móveis cresce tão rapidamente quanto o frenesi dos consumidores por smartphones. Um dos aplicativos disponíveis para esse fim é o norte-americano Lookout, que oferece proteção contra malwares, backup automático e localização de telefone perdido, tudo em um só software. Lançado em meados de 2009, o app alcançou 1 milhão de usuários em julho de 2010, saltou para 20 milhões em março deste ano e agora já atingiu 25 milhões. "Cerca de 40% desses usuários foram conquistados na base do boca a boca", afirmou o fundador e CEO da Lookout, John Hering, que participou do Uplinq 2012, conferência para desenvolvedores organizada pela Qualcomm, nesta quinta-feira, 28, em San Diego.
Outro exemplo de sucesso da Lookout na área de segurança móvel é o "Plan B", aplicativo para ser instalado remotamente depois que o celular é perdido ou roubado. Mais de 600 mil pessoas já o baixaram. A instalação é feita pelo website do Android Market, usando a conta de Gmail do consumidor. Em seguida, o usuário recebe por email a localização do seu telefone. "Trata-se do primeiro app de localização de celulares para ser instalado depois que você perdeu seu aparelho", conta Hering.
Conselhos
Em sua palestra, o executivo transmitiu alguns conselhos de segurança para a plateia. A consumidores finais, recomendou muito cuidado ao baixar aplicativos de fontes pouco conhecidas. Um recente e aparentemente inocente jogo de pôneis disponível no Android Market enviava, sem os usuários saberem, informações pessoais para um servidor na China. "Mais de 4,4 milhões de pessoas baixaram esse jogo sem fazer ideia disso", relatou.
Publicidade móvel
Outro exemplo era um app infantil de um tigre que repete o que o usuário fala – uma imitação de outro app similar que fez grande sucesso, com um gato. Essa versão com o tigre acessa informações de localização, contatos, SMS e histórico de navegação dos usuários, provavelmente para fins de publicidade, tendo registrado mais de 10 milhões de downloads de pessoas incautas. "Não tenho nada contra a publicidade móvel, mas ela precisa ser feita de maneira transparente. O usuário precisa saber que dados estão sendo coletados e para quais finalidades", recomendou Hering.
Para os desenvolvedores, o executivo aconselhou que se interem dos códigos de SDKs de terceiros incluídos em seus aplicativos, principalmente aqueles de adnetworks. "Muitas adnetworks não estão tratando corretamente os dados coletados dos usuários. Em última instância, a responsabilidade é do desenvolvedor que utilizou o SDK", disse Hering.