Os bancos brasileiros ainda não conseguiram traduzir aos seus correntistas as vantagens do Open Finance. E a prova disso está na baixa taxa de renovação do consentimento de compartilhamento de dados. Segundo o CIO e diretor-executivo do Bradesco, Edilson Reis, apenas 4% dos correntistas estão renovando esse consentimento ao expirar o prazo de um ano de validade. O alerta foi feito durante painel que reuniu CIOs de grandes bancos na Febraban Tech, nesta quarta-feira, 28, em São Paulo.
“Isso é um termômetro de que o consumidor não está vendo valor (no Open Finance). Faltam casos de uso com vantagens para o cliente”, alertou o executivo. “Temos agregadores financeiros com mais de 18 milhões de usuários. Mas a taxa de renovação de consentimento não é a que esperávamos”, acrescentou.
Para Luis Bittencourt, CIO do Santander, o problema pode estar na forma de comunicação dos benefícios do Open Finance. Na sua opinião, o termo “renovação de consentimento” faz parte da linguagem própria dos bancos, ou “bancarês”, e não é compreendida pelo brasileiro médio.