As transações de Pix chegaram a um total de 11,7 bilhões de operações em 2022, mais que o dobro das 5,7 bilhões de um ano antes. Em comparação, a pesquisa divulgada por Febraban e Deloitte nesta quarta-feira, 28, o DOC e o TED caíram 29%, de 2,2 bilhões para 1,6 bilhão na comparação ano a ano.
Feita com 18 bancos entre abril e maio deste ano, com dados referentes a 2022, a análise também aponta um aumento nas chaves Pix. Metade das instituições participantes do estudo informaram um incremento de 24% em usuários cadastrados no Pix, de 71,8 milhões para 88,7 milhões.
E, aproximadamente a metade desses consumidores realizam mais de 30 operações financeiras com o Pix por mês, um aumento de 21 pontos percentuais ante 27% de 2021.
“Quando olho a evolução das transações ao longo dos últimos cinco anos, há uma redução sistemática de TED/DOC. Em contrapartida, o Pix cresce pela migração e aquisição de clientes”, explica Rodrigo Mulinari, diretor do comitê de inovação e tecnologia da Febraban, ao creditar esse avanço à tecnologia e à gratuidade do serviço para a pessoa física.
Mulinari acredita ainda que o Pix deve crescer ainda mais, a partir das modalidades em curso, como Pix Parcelado, Pix Saque e, futuramente, Pix Automático.
Vale dizer que desse total de transações do arranjo instantâneo, 11,3 bilhões foram no mobile, que também dobrou, ante 5,5 bilhões de 2021.
Open finance
Sobre o sistema financeiro aberto, o consentimento cresceu mais de dez vezes, de 612 mil, em 2021, para 6,5 milhões, em 2022, segundo a amostra com apenas sete bancos respondentes. No final do ano passado, 80% das 15 instituições contabilizavam até 10% da sua base com opt-in, 20% com uma base de 11% a 20% e nenhuma com mais de 20%. Para 2023, a expectativa é 53% com até 10% da base, 27% com um base de 11 a 20% no open finance e 20% com mais de 20%.