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Sede da ARM China em Xangai

A divisão chinesa da ARM pediu que o governo local intervenha na companhia, que atualmente é controlada pelo braço da ARM do Reino Unido. A empresa é uma das principais designers de chips pertencente ao conglomerado do SoftBank. Em nota publicada no Nikkei Asian Review com apoio de seus 200 funcionários, a ARM China se apresenta como uma “empresa chinesa”, que “deve seguir as leis e responsabilidades” locais e pede a “intervenção do governo para proteger este ativo estratégico”.

Desde maio deste ano, a ARM China está em batalha com sua controladora britânica pelo comando da companhia, uma vez que o SoftBank indicou que pretende vender sua parte na ARM para sanar seu caixa. Na nota, a ARM britânica e o investidor chinês Hopu são acusados de assediar os empregados chineses e coagir seus clientes, em uma tentativa para tirar o atual CEO da gestão da joint-venture.

Importante dizer que, desde 2018, a ARM China tem o controle das ações por investidores chineses que inclui a Hopu e dois fundos governamentais chinesas, Silk Road e Shum Yip. O SoftBank vendeu naquele ano 51% das ações da empresa, além de licenças, negócio de royalties, marketing e atendimento ao consumidor que a ARM tinha na China.

Se confirmado o controle governamental na ARM China – por direito, uma vez que é o principal investidor –, o domínio da fabricante pode ser a resposta que muitos aguardam de Pequim contra europeus e norte-americanos no 5G. Em especial pelo fato que a ARM é a principal fornecedora da Huawei na China. Mas, desde o final do ano passado, ela não fornece mais suas tecnologias à empresa de redes, desde que a administração Trump colocou a companhia em uma lista de empresas proibidas pelo Departamento de Comércio.

Além da Huawei, a ARM China também apoia os maiores fabricantes de chipsets do mundo, como Samsung, TSMC e MediaTek. Atualmente, a operação chinesa representa 27% das licenças globais da ARM. Ou seja, uma intervenção do governo na empresa pode trazer impacto na cadeia global de semicondutores.

 

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