Pelo menos três estados estão estudando seguir o exemplo da Bahia e implementar ume rede privativa móvel para a comunicação de suas forças de segurança, revela Ricardo Freire, diretor nacional de vendas e governo da Oi Soluções, em conversa com Mobile Time.
“Os estados estão interessados em redes privativas para substituir tecnologias antigas de comunicação, como o Tetra. Existe uma demanda significativa. Fomos consultados objetivamente por três estados interessados em construir redes privativas para segurança pública”, comenta Freire, que prefere preservar os nomes dos estados porque as conversas são iniciais e não foram publicados editais de licitação ainda.
Bahia
A Oi é a fornecedora da solução de rede 4G privativa para o governo da Bahia. O projeto prevê a instalação de 92 ERBs em 13 municípios baianos. A rede já está em operação em quatro cidades (Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho), e as demais devem ser incluídas até o final do ano. Somente em Salvador foram instaladas 40 ERBs.
A rede privativa servirá para a comunicação de 3 mil terminais que serão usados pelas forças de segurança pública da Bahia, incluindo rádios robustos e dispositivos nas viaturas, todos capazes de trafegar voz, dados, imagens e vídeos.
Os equipamentos da rede são da Huawei e a frequência utilizada é a de 700 MHz, com um bloco de 5 MHz + 5 MHz. A outorga é de Serviço Limitado Privado (SLP), concedida à Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
A rede privativa móvel faz parte de um projeto maior cuja licitação foi vencida pela Oi e que inclui também a instalação de 4 mil câmeras para videomonitoramento em 78 cidades do estado com software de reconhecimento facial e alertas de segurança, e o fornecimento de infraestrutura para centros de operação em 22 prédios do governo estadual. O orçamento total é de R$ 665 milhões e o contrato vai até 2025.
Estratégia
Freire ressalta, contudo, que as redes privativas móveis não são um produto prioritário na estratégia da Oi, mas podem vir a compor algumas soluções, caso haja necessidade do cliente, como foi o caso do governo baiano. A ideia da Oi é atuar como integradora, ajudando a escolher as tecnologias necessárias para o atendimento de um projeto, o que pode incluir eventualmente redes privativas.
“Não é foco da Oi Soluções prover redes LTE privadas. Não vamos ter um produto formatado especificamente para redes privadas oferecido de forma abrangente no mercado. Mas como integrador de soluções digitais, nos projetos que fizerem sentido ter uma rede privada LTE, isso é uma possibilidade de atuação”, explica o diretor da Oi.
MPN Fórum
Mobile Time realizará no dia 29 de novembro a segunda edição do MPN Fórum, no WTC, em São Paulo. Trata-se do primeiro evento no Brasil dedicado ao mercado de redes privativas móveis. Mais informações estão disponíveis em www.mpnforum.com.br