A startup sergipana Recicli desenvolveu uma solução que usa microorganismos para a extração de metais em eletroeletrônicos descartados no lixo, como smartphones e tablets. O processo de biometalurgia já foi validado em laboratório e agora ganhará um protótipo. A solução está devidamente patenteada no Brasil. A startup se apresentou no Startup Summit, evento do Floripa Conecta, realizado na semana passada em Florianópolis.

O processo de reciclagem criado pela Recicli é mais eficiente e consome menos energia que os tradicionais, além de ser menos poluente, afirmam seus sócios-fundadores, em conversa com Mobile Time. A Recicli consegue extrair em apenas sete dias metais como ouro, prata, lítio, níquel, cobre e paládio, para serem revendidos para a indústria. Uma multinacional de eletroeletrônicos firmou parceria com a empresa para testar a novidade. A expectativa é de entrar em produção operacional até 2027.

Paralelamente, a startup prepara o lançamento de uma plataforma digital para a coleta de resíduos eletroeletrônicos, batizada como Reeeturn.

Enquanto a média mundial de reciclagem de lixo eletroeletrônico é de 14%, no Brasil o percentual é de apenas 3%, diz Matheus da Silva, um dos fundadores da Recicli. O cenário é preocupante se considerado que as jazidas minerais estão se esgotando. “Se nada for feito teremos um colapso civilizatório por falta de metais”, alerta Flávio Costa, outro sócio-fundador da Recicli.

*O jornalista viajou a convite do Floripa Conecta

 

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