| Publicada originalmente no Teletime | O ministro das Comunicações (MCom), Juscelino Filho, reforçou a necessidade de se taxar as big techs. Após o lançamento do edital de renúncia fiscal do Fust, nesta quarta-feira, 28, Filho disse que essas empresas de tecnologia, que ganham milhões no Brasil, devem contribuir para a conectividade no País.

“A gente já vem falando isso há algum tempo. A gente compreende e entende que essas grandes empresas de tecnologia mundiais que faturam bilhões no nosso País, elas têm que de alguma forma estar contribuindo. E não apenas para o Brasil, para o setor”, disse Juscelino Filho.

O ministro das Comunicações disse também que tem conversas avançadas com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, com propostas apresentadas. “O ministro Haddad recebeu muito bem nossas propostas. Isso vem evoluindo. Nossa equipe tem trabalhado junto com eles [Fazenda] nessa direção. É natural da Fazenda pensar nestes recursos indo para o caixa do governo”, informou.

Já Juscelino defendeu que essas contribuições da big techs venham para políticas públicas que fomentem a inclusão digital. “Essa discussão, vamos aprimorar internamente com o governo, com a Fazenda, com o presidente Lula, que é quem dará a palavra final. Queremos que esses recursos venham para o setor de telecomunicações”, disse.

Ele também destacou o papel do Congresso nessas propostas. “Vamos participar ativamente desse debate. Vamos defender os interesses dos brasileiros para a inclusão digital. Esses recursos devem ser usados para inclusão digital”, disse Juscelino Filho.

Reforma Tributária e big techs

Sobre a reforma tributária, Juscelino Filho foi taxativo ao ser a favor da manutenção dos fundos setoriais. “O fundo setorial tem um papel importante. Inclusive, nesse tema da contribuição das big techs, avaliamos até mesmo a criar um novo fundo”, afirmou o ministro.