"É preciso combater a produção de conteúdo de segunda mão, prática que ocorre sobretudo no SMS", criticou o gerente de mídias digitais do jornal esportivo Lance!, Paulo Henrique Ferreira, durante sua palestra no Forum Mobile+, nesta quarta-feira, 28, em São Paulo. Por conteúdo "de segunda mão", o executivo se refere à cópia de notícias. Ele reclama que algumas operadoras e agregadores de conteúdo oferecem serviços de notícias via SMS que não são produzidos por uma equipe de jornalistas profissionais, mas por pessoas encarregadas de simplesmente copiar o que é veiculado em sites jornalísticos como o Lance!. "Nós temos 300 jornalistas cobrindo diariamente os clubes de futebol do Brasil inteiro. Quem faz essa cobertura diária são poucos grupos de mídia. As operadoras e os integradores deveriam estar preocupados com a origem do conteúdo que oferecem. É uma questão de respeito com o consumidor", criticou.

No Lance!, há uma equipe de jornalistas cuidando da edição das notícias publicadas via SMS. Não se trata, portanto, de um trabalho automático de envio do título das matérias. "Fazemos uma edição adequada ao meio, prezando a qualidade do texto", explicou.

Sobre a pirataria do seu conteúdo editorial, Ferreira disse que o Lance! tem conversado separadamente com as operadoras e as integradoras, além de levar a questão para debate em associações setoriais, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ).

No uso de outras interfaces móveis, como as mensagens multimídia (MMS), que transmitem fotos, ou na venda de vídeos, o problema da pirataria diminui bastante porque fica mais fácil prová-la do que em conteúdo textual. "O MMS e o vídeo são uma boa forma de diferenciação. Servem para separar o joio do trigo", resumiu.

 

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