Nodle

Tela do aplicativo Nodle. Crédito: divulgação

Nodle gosta de dizer que é uma rede em blockchain, descentralizada, feita por smartphones espalhados por 184 países, em 4.022 cidades, que se conectam por meio do Bluetooth Low Energy (BLE). Mas não é só isso. A marca recompensa os usuários que contribuem com essa rede, distribuindo NODLs – criptomoeda nativa da Nodle – por meio do modelo chamado connect-to-earn, ou conecte e ganhe. Para isso, o que a empresa pede em troca são dados de geolocalização do usuário. Com mais de 600 mil usuários do app que possuem a cripto no mundo e recém-chegada ao Brasil, a Nodle aposta na hiperconectividade do povo brasileiro e seus 242 milhões de dispositivos móveis ativos para alavancar a rede.

A solução funciona de maneira simples: uma empresa contrata os serviços da Nodle e os usuários podem se beneficiar por diferentes maneiras.

Por exemplo: uma loja pode usar os serviços da empresa para atrair mais clientes. Para isso, a Nodle pode convocar seus usuários e as primeiras 50 pessoas que chegarem na loja ganham 20% de desconto em suas compras. Uma vez lá, o cliente confirma sua presença com um atendente e recebe o desconto.

Outro exemplo é um simples passeio no lugar certo e na hora certa. A Nodle anunciou nesta quarta-feira, 28, uma parceria com a Roole, uma operadora de seguros francesa. Esta empresa insere uma tag com Bluetooth em seus veículos assegurados para fazer o rastreamento e indicar a localização do automóvel, sem a necessidade de usar dados sensíveis e privados daqueles que contribuírem com a rede do app Nodle Cash. Caso um carro seja roubado, se algum usuário do aplicativo passar perto deste veículo, seu celular vai ler o Bluetooth inserido na tag do automóvel e o dado de localização será inserido na rede da Nodle. Assim, a seguradora consegue identificar a localização do carro roubado.

“Não pedimos dados pessoais. Não precisa de nome, e-mail, nada disso. Para usar o Nodle é necessário apenas estar com a localização e o Bluetooth ligados”, explica Carolina Mello, head de conteúdo e comunicação da Nodle, em conversa com Mobile Time. “A pessoa está andando pela cidade quando o celular apita e ela ganha um dinheiro. Não muito, alguns centavos, mas ela só ganhou por ter passado naquele local e naquela hora”, explica.

Vale dizer que, como o app foi criado para rodar em segundo plano, não há interferência na experiência enquanto se usa outros apps e o consumo de bateria é baixo (1% a 3% da carga).

O valor de 1 NODLs é calculado de acordo com a localização do indivíduo e quantas vezes o usuário acessa o aplicativo. E o que o usuário ganha vai diretamente para a carteira digital da Nodle, no mesmo app.

No Brasil

A empresa está estudando o desenvolvimento de uma coleira rastreável para cachorros como uma forma de se trabalhar o app no Brasil. Assim, um usuário Nodle pode encontrar o cão de alguém e devolvê-lo ao tutor. Outra ideia seria uma parceria com desenvolvedores de jogos, de modo a integrar a tecnologia de rede descentralizada com Bluetooth com o game, no estilo Pokémon Go. “Somos um SDK que pode ser usado em qualquer app”, garante Mello.

No Brasil, a Nodle fez, recentemente, uma parceria com o Mercado Bitcoin, que listou o ativo em sua plataforma e é a primeira exchange latino-americana a oferecer o NODL a seus clientes.

Vale dizer que a criptomoeda NODL está listada na Kraken, Gate.io, Huobi, MEXC Global, Ripio, BitcoinTrade e no Mercado Bitcoin.

 

 

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