O presidente da Anatel, João Rezende, jogou um balde de água fria nas intenções da Claro de pedir revisão das metas de cobertura para 3G e 4G. Ele afirma que a licitação resulta em um contrato e que é necessário que o Tribunal de Contas da União (TCU) avalie se é possível alterar as condições, o que considera "muito difícil". "Teríamos de fazer uma consulta ao próprio TCU se pode aditar o contrato, que é fruto de licitação; eu acho que não pode, porque se eu alterar as condições de contrato do edital, terceiros interessados (na época do certame) podem dizer que, se fossem nessas condições, teriam entrado", declarou ele em conversa com jornalistas na manhã desta quarta, 28, na Futurecom.
O presidente da Claro, Carlos Zenteno, afirmou na terça-feira que iria pleitear com a agência a revisão nas metas de coberturas. A justificativa é que o cenário econômico impõe novos desafios às operadoras, sobretudo na obtenção de receitas, o que dificultaria os aportes para o cumprimento das obrigações. Segundo Zenteno, ele estaria em contato com a Anatel, mas ainda sem uma proposta finalizada. Rezende disse não ter recebido nada "oficialmente" da Claro.