A busca por novos mercados nos meios digitais mostra os desafios que as tradicionais empresas de tecnologia estão a enfrentar no presente. No entanto, uma ruptura do modelo tradicional para um novo formato similar àquele das startups pode custar caro, como explica o diretor de marketing da Ericsson no Brasil, Jesper Rhode.

“Quando se fala de inovação existem duas classes: disruptiva e tradicional. Na disrupção eles trabalham com a imprevisibilidade, algo que não dá para ser em uma empresa tradicional”, disse Rhode. “Não existe essa possibilidade de uma operadora se tornar uma start-up”.

O tema foi abordado nesta quarta-feira, 28, no painel de negócios digitais durante o terceiro dia da Futurecom 2015, em São Paulo. Além do movimento disruptivo, outro tema levantando pelos executivos das telecomunicações, redes e consultoria financeira foi a cultura de mudança dentro das empresas.

“Nós vemos um modelo de tecnologia que muda e um cenário que não está muito claro lá na frente. Estamos em uma nova revolução industrial”, acredita Rodrigo Parreira, CEO da Promon Logicalis. “O grande desafio das empresas que querem se reinventar é o entendimento das pessoas sobre o que deve ser feito”.

Aplicativos como inovação

Outro ponto abordado pelos panelistas foi o mercado de apps. Os executivos discorreram para a audiência sobre a importância dos aplicativos na cultura de inovação e disrupção da tecnologia e deram como principais exemplos Uber e AirBnB. Para Walter Hildebrand, consultor da Oracle, o diferencial está em entender a mobilidade e seus usuários como eles são: muito além dos handsets.

“Se juntarmos internet, mobilidade, big data, a gente consegue entender o todo para uma experiência especializada para cada pessoa. O mesmo vale no mundo corporativo”, explicou Hidebrand. “Quando se fala em transformação digital, você tem que criar um aplicativo que traga valor ao seu cliente, algo que ele não encontre em outro lugar. Criar um aplicativo não é sinônimo de evolução digital”, completa.

 

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