O AliExpress (Android, iOS) planeja abrir seu centro de distribuição (CD) no Brasil em breve. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 28, pelo country manager da empresa no Brasil, Yan Di, durante a coletiva de lançamento da data comercial chinesa 11.11, que acontecerá entre os dias 11 e 12 de novembro deste ano.
De acordo com Di, “inevitavelmente” a companhia terá um centro de distribuição de produtos no País. Porém, não pôde detalhar quando ou em qual região que pretende construir o CD. Explicou que a tendência do varejista é criar um espaço de produtos importados para o comércio local.
Outro plano da empresa é permitir que comerciantes brasileiros vendam produtos no AliExpress para o resto do mundo: “Nós já fazemos isso na Turquia e na Rússia. Tudo está no cronograma, mas não posso abrir (detalhes)”, completou.
Ao longo de 2020, a companhia buscou reduzir barreiras e atritos nas compras de brasileiros, em especial pela crise do novo coronavírus e pela necessidade de os consumidores adquirirem mais produtos online.
“Nós mobilizamos três voos fretados da China para o Brasil por semana. Agora o produto chega em dez dias na cidade de São Paulo. Colocamos o frete grátis em compras acima de US$ 15, antes era US$ 30. Lançamos o AliExpress direct, um serviço que junta vários pedidos em uma remessa e reduz os custos. Abrimos uma central de atendimento com usuários que falam em português, adotamos a devolução de graça para qualquer entrega. E passamos a oferecer parcelamento em seis vezes sem juros”, completou.
Investimentos
O executivo também confirmou que há interesse para a operação brasileira do AliExpress efetuar aquisições de empresas nacionais e aportes, mas explicou que é “uma questão de tempo e de oportunidade corretos”. Das áreas que mais atraem a varejista, o country manager citou empresas ligadas à cadeia de suprimentos e que tenham relação com o consumidor local, como logística e relacionamento com influenciadores digitais.
Invasão comercial
Em conversa por vídeo com os jornalistas, Di explicou que a data comercial do 11.11 será uma grande invasão do AliExpress no comércio brasileiro. Para efeito de comparação, em 2019 a 11.11 foi cinco vezes maior que a Black Friday dos Estados Unidos.
Sem falar em valores, afirmou que o evento focará em uma estratégia mais robusta de vendas e espera que o Brasil seja o quinto país do mundo com mais vendas no AliExpress no 11.11: “Antes a data era mais desconto. Para este ano, nós garantimos o maior investimento possível para criar um grande festival. Faremos uma série de melhorias e faremos uma comemoração adaptada à cultura brasileira, junto com a FCB (agência de publicidade)”, completou.
De acordo com Richard John, CEO da FCB, a estratégia de comunicação misturará conteúdo com influenciadores digitais, como Gretchen, Rezende e Gracyanne Barbosa, com o reality show da TV Record, ‘A Fazenda’. O conteúdo dos influencers entra na Internet nesta quinta e no programa de TV na próxima sexta-feira, 30.
Mesmo com a aposta no 11.11, Di afirmou que a companhia mantém estratégias na Black Friday e no Natal e que trará a oferta de marcas (branding shopping) no começo do ano, um modelo de vendas dedicado a produtos de uma marca que faz sucesso na China.