A Cielo registrou um recuo no volume financeiro capturado de 3,6% no terceiro trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, ao comparar com o segundo trimestre deste ano, houve um crescimento de 29,4%, um recorde entre os trimestres, segundo Paulo Caffarelli, presidente da companhia. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 28, durante a divulgação do balanço financeiro da adquirente. A Cielo também registrou um aumento no montante pago de forma antecipada aos pequenos e médios varejistas, que representou uma participação recorde de 31,8% do volume de crédito.
A base ativa terminou em 1,4 milhão de clientes, uma recuperação na comparação com o trimestre anterior, de 1,3 milhão, mas ainda abaixo do número de um ano atrás, quando a Cielo contava com 1,508 milhão de clientes em sua base ativa, o que representa uma redução de 5,4% na comparação ano a ano.
O lucro líquido da adquirente ficou em R$ 100 milhões. Se o resultado reverte o saldo negativo do trimestre anterior, de R$ 75,2 milhões, ainda está longe da performance da Cielo no mesmo período do ano passado, ficando inferior ao 3T19 em 71,6%.
“Focamos na produtividade entre os nossos colaboradores de força de vendas para maior credenciamento, mitigação do churn, reativação de clientes, entre outras iniciativas”, explicou Caffarelli, durante sua apresentação.
O executivo também disse que a Cielo mira, atualmente, em balancear melhor os volumes entre grandes contas e varejo entre seus clientes. Se até recentemente a empresa estava em 70% e 30% respectivamente, atualmente estão entre 62% entre grandes empresas e 38% entre varejistas.
“Essa equação deveria estar meio a meio. É a nossa meta. Mas nosso posicionamento atual é emblemático, viemos reduzindo entre as grandes empresas porque aumentamos o volume no varejo”, explicou o presidente da adquirente.
Segundo o executivo, o resultado do terceiro trimestre de 2020 mostrou que o segundo trimestre do ano não refletiu a tendência da Cielo. “Estamos ligados ao desempenho do varejo e tivemos um momento em que 54% das empresas fecharam suas portas. Sabemos do nosso potencial e que estamos trabalhando para superar. Somos uma empresa além das maquininhas”, resumiu.