5G

A participação de 15 grupos no leilão do 5G no próximo dia 4 de novembro não deve mudar a estratégia da Vivo. Em conferência com analistas de mercado nesta quinta-feira, 28, o CEO da companhia, Christian Gebara, afirmou que a operadora está em uma posição competitiva e confortável para avançar com suas propostas.

“O 5G é um leilão grande, mas tem outras frequências envolvidas. Tem muitas configurações e oportunidades diferentes. Por exemplo, alguns focarão no (bloco) regional. Por isso, o número de players não difere (da nossa estratégia). Mas sabemos que são nomes que atuam no mercado brasileiro”, disse o CEO. “Tem muita exigência de investimento para comprar os lotes. Estamos em posição para sermos competitivos. Temos mais escala e muito mais sinergia para atender as demandas que surgirão”, completou.

Gebara falou ainda da operação para compra dos ativos da Oi móvel. O executivo explicou que este é um “processo padrão” para a aprovação de uma aquisição desse porte. Ressaltou que “não tem nada diferente do que era esperado”, mas que a operação foi “bem projetada” e “atende a todas as exigências” do Cade e das agências regulatórias.

De acordo com David Melcon, CFO da operadora, a Vivo está estruturada financeiramente para as duas operações: “Terminamos setembro com um fluxo de caixa livre de R$ 6,7 bilhões. Isso reforça o nosso equilíbrio e permite investir nos leilões da próxima semana (5G) e em ativos da Oi Móvel”, concluiu.

TIM-Vivo

Gebara e Melcon falaram dos avanços da parceria em compartilhamento de rede com a TIM. O piloto para consolidação da rede completa foi feito em 50 cidades no terceiro trimestre de 2021, sendo 25 para cada. Além disso, a expansão conjunta de cobertura no 4G foi concluída e o desligamento do 2G segue avançando como planejado.

“No 4G, o plano que temos é de implementarmos em 716 cidades, mais ou menos 316 para cada operadora. Nós damos coberturas a eles em locais que eles não tinham e vice-versa. Começamos com um piloto em 25 cidades para cada operadora. Os resultados medidos mostram que são bons. Temos um plano para mais de 1 mil cidades no ano que vem. Este ano talvez comecemos a implementação em 200 cidades, talvez 100 para cada operadora. Até chegaremos a 1,6 mil cidades no futuro”, explicou o CEO sobre o LTE.

“No shutdown de 2G também estamos nos preparando para fazer isso. Nós mantemos o cronograma de antes e o objetivo é fazer o desligamento em cidades onde ambas temos 2G. E todas essas iniciativas trarão economia de CAPEX e OPEX para ambas as empresas. Não falamos em números, mas estamos otimistas e falamos em expansão no futuro, inclusive cidades maiores no 4G e até o 5G”, completou.

O CFO lembra que no fim de setembro a Vivo possuía:

  • 5G DSS operacional em oito cidades importantes;
  • 90% dos sites com fibra ótica nos 50 principais municípios do Brasil;
  • 4,2 mil cidades com cobertura 4,5G da Vivo.

 

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