Políticos de nove países ficaram irados com a ausência de Mark Zuckerberg durante uma sessão que faz parte de um inquérito internacional sobre notícias falsas e desinformação. Representando o Facebook estava o vice-presidente de soluções políticas Richard Allan e, ao seu lado, uma cadeira vazia onde deveria estar sentado o CEO da empresa norte-americana. A sessão, em Londres, contou com a participação de parlamentares da Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Irlanda, Letônia e Cingapura, além de membros do Comitê Digital, Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido.
Documentos
No sábado passado, o Observer, do jornal inglês The Guardian, noticiou que o Parlamento britânico usou seus poderes legais para apreender documentos internos do Facebook em uma tentativa de responsabilizar a gigante de mídia social depois que o executivo-chefe repetidamente se recusou a responder às perguntas dos parlamentares.
Os documentos supostamente contêm revelações significativas sobre as decisões do Facebook a respeito de dados e controles de privacidade que levaram ao escândalo da Cambridge Analytica. Alega-se que eles incluem e-mails confidenciais entre executivos e correspondência com Zuckerberg.
Mesmo sem ainda dar certeza se os documentos serão divulgados na mídia, o conteúdo de um e-mail de 2014 foi aludido, no qual um engenheiro do Facebook relatou níveis incomuns de atividade na Rússia – ou seja, que grandes quantidades de dados estavam sendo extraídos diariamente de dispositivos com endereços IP da Rússia. A notícia saiu na BBC e no The Guardian.