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A Cielo acredita que as suas iniciativas recentes voltadas ao mobile, como pagamentos com QR Code e a máquina de pagamento integrada ao smartphone, são importantes para a empresa no médio e longo prazo. A afirmação foi feita por Victor Schabbel, diretor de relações com o investidor da Cielo. Durante a divulgação dos resultados financeiros da companhia em 2018, ele citou ainda a criação da funcionalidade de contas digitais para serem mais eficientes no segmento de PMEs.

“Essas iniciativas são muito importantes para nós em médio e longo prazo. No curto prazo, nós temos visto, de acordo com as pesquisas que estamos realizando, que os clientes estão mais sensíveis aos preços. Uma vez que os preços são ajustados para baixo, e o valor que os comerciantes pagam para aceitar os pagamentos tornam-se mais razoáveis, então, acreditamos que a diferenciação dos produtos, dos serviços e a clara satisfação do cliente, podem desempenhar mais importância (na escolha da POS)”, disse o executivo.

“Por isso, estamos investindo no curto prazo, ao mesmo tempo, ao baixar os preços. Portanto, não estamos deixando de investir em produtos, em diferenciação, pois acreditamos que, a médio e longo prazo, esses serviços e produtos serão eficazes em termos de agregação de valor aos clientes. Contudo, no curtíssimo prazo, os preços são mais importantes para os clientes”, completou.

Operação e finanças

A receita líquida da empresa teve um aumento de 0,7% na comparação ano a ano, ao passar de R$ 11,6 bilhões para R$ 11,68 bilhões. Com R$ 4,6 bilhões e margem de 40%, o EBITDA teve um recuo de 12,2%, em comparação aos R$ 5,2 bilhões e margem de 45,4% de 2017. Em volume financeiro capturado (excluindo a Agro), ou seja, o total de transações realizadas nos dispositivos da empresa, a Cielo atingiu a marca de R$ 617 bilhões, um incremento de 0,5%, ante R$ 613 bilhões um ano antes.

Os gastos totais da Cielo com custos e despesas saltaram de R$ 7,2 bilhões para R$ 7,9 bilhões, um aumento de 10%. Por sua vez, o lucro operacional registrou uma queda 14%, com R$ 3,7 bilhões obtidos em 2018 ante R$ 4,3 bilhões de um ano antes. E o lucro líquido foi de R$ 4,2 bilhões para R$ 3,5 bilhões, uma queda de 16,5%.

Em sua base instalada, nota-se que a companhia de pagamentos encerrou o ano de 2018 com 1,8 milhão de máquinas POS, um crescimento de 8% quando comparado aos 1,6 milhões de 2017. Desses equipamentos, 81% são sem fio.

“Resiliência e adaptação”

De acordo com Paulo Cafarelli, CEO da Cielo, os resultados da companhia demandam “resiliência e adaptação”, que demandou uma escolha da companhia entre “margem e market share”. Com isso, o foco da empresa será em market share, com a estratégia agressiva para obter 2 mil novos clientes por dia e focar mais na venda de máquina, ante o aluguel, além da melhora nos seus serviços e produtos. Para 2019, a estimativa da empresa é queda do lucro líquido, algo que poderá variar entre R$ 2,3 e 2,6 bilhões. Atualmente o valor da Cielo é de R$ 24,2 bilhões.

 

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