O Spotify já possui mais de 50 milhões de faixas disponíveis. A informação foi divulgada pelo CEO da companhia, Daniel Ek, durante conferência com analistas de mercado. Ek ainda revelou que, em média, a plataforma recebe 40 mil novas faixas por dia. Vale lembrar, o último dado publicado era de 40 milhões de faixas em outubro de 2018.
Ainda na conversa, o executivo disse que estão investindo em voz, mas deu a entender que há muito espaço para crescer em plataformas móveis: “Nosso foco é ubiquidade. Queremos estar nas maiores plataformas. Mas a única coisa que posso dizer é que o crescimento dos alto-falantes inteligentes é impressionante, embora ainda seja muito pequeno se comparado com mobile”.
A companhia fechou o trimestre com 217 milhões de usuários ativos mensais (MAUs). A taxa de usuários que voltaram à plataforma após o término de suas assinaturas cresceu 36% neste trimestre, graças a uma campanha de retorno em 30 e 60 dias.
Concorrência e novas assinaturas
A recém testada solução de assinatura em dupla (para um casal por exemplo em um mesmo endereço) deve ganhar mais espaço em outros países, pois os números de assinaturas e MAUs no lançamento na Colômbia, Chile, Dinamarca, Irlanda e Holanda foi “encorajador”, disse Ek. Em outra questão, o executivo defendeu que concorrência com Apple, Google, Amazon e outros players não é um problema para o Spotify, pois lembrou que, desde o início dez anos atrás, a competição sempre foi pesada no setor – do MySpace ao iTunes – e ainda assim a sua plataforma cresce 30% ao ano em média.
Podcasts e audiobooks
Ek também falou sobre os recentes investimentos do Spotify em podcasts e quais são os próximos passos adiante. Ele rechaçou a ideia que o desenvolvimento é apenas para a conteúdo em inglês, e frisou que é para todo mundo e todas as línguas. Em sua plataforma, ele aposta na personalização, no desenvolvimento de conteúdos exclusivos e no avanço em métricas de publicidade.
“Embora não seja difícil construir um player de podcast (tem de 60 a 70 na App Store), apenas alguns estão no topo da pirâmide em tráfego. É um mercado bem iniciante que estamos vendo, ainda há muito potencial para crescer neste segmento, dentro e fora dos EUA. Em questão de talentos, acredito que também haverá mais pessoas produzindo”, disse o CEO. “Além disso, nós vemos uma oportunidade a longo prazo. Os podcasters e publicitários querem que a gente entre com ferramentas de mensuração e todas as outras coisas que trazemos da indústria musical. É uma estratégia global, não é apenas podcast para a língua inglesa”, completou.
Ek também não escondeu que deve avançar em audiobooks. Em sua visão, a classificação do que é podcast e o que é audiobook “vai se misturar cada vez mais”.