A receita líquida total da Claro Brasil (que representa a Claro, Embratel e Net) aumentou 1,5% no primeiro trimestre deste ano comparado a igual período de 2018, segundo balanço financeiro divulgado pela empresa nesta segunda-feira, 29. O desempenho se deu por conta do avanço dos serviços móveis da Claro, que acabaram compensando a queda na receita dos serviços fixos. A companhia registrou uma receita total de R$ 9 bilhões, dos quais R$ 8,6 bilhões foram de serviços, também com crescimento de 1,5%.
O faturamento com serviços móveis totalizou R$ 2,91 bilhões, um crescimento de 8,4%. A Claro Brasil destaca o desempenho da base pós-paga, impulsionada por planos com voz ilimitada, dados e SVAs. A receita média mensal por usuário (ARPU) cresceu 11%.
Já a receita de serviços fixos totalizou R$ 5,7 bilhões, uma queda de 1,6%. O destaque foi para a banda larga residencial (basicamente, a Net), que cresceu 14,9% em relação ao primeiro trimestre de 2018. Por sua vez, receitas de longa distância caíram 20,6%. Com impacto especialmente do serviço de DTH da Claro TV, a TV paga encerrou março com queda de 6,3%.
Houve crescimento na receita de aparelhos de 24,9%, totalizando R$ 271 milhões. Por outro lado, a de interconexão caiu 28,9% e fechou março em R$ 123,2 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) aumentou 16,6% e ficou em R$ 3,4 bilhões, enquanto a margem ficou 4,9 pontos percentuais acima do ano passado, com 37,9%. Excluindo a nova norma contábil IFRS16, o EBTIDA foi de R$ 3,1 bilhões (aumento de 4,6%) e a margem EBTIDA foi de 34% (avanço de 1 p.p.). A companhia destaca que os diversos projetos de transformação digital impactaram nesse desempenho, com melhor experiência do cliente e maior eficiência de custo.
Operacional
No operacional, a Claro Brasil destaca o avanço de 0,45 p.p. do pós-pago no market share, chegando a 29,94% em março. A empresa diz que avançou 15,1% (ou 3,2 milhões de adições líquidas) na base em comparação ao ano anterior. A base pré chegou a 31,9 milhões de chips no período. No total, a Claro detinha 56,4 milhões de clientes móveis.
Nos serviços fixos, a Net adicionou 74 mil novos acessos de banda larga no primeiro trimestre. No recorte das conexões acima de 34 Mbps (consideradas “ultra banda larga”), foram 4,9 milhões de acessos, o que corresponde a 54% do mercado. A empresa diz que capturou 58% do crescimento deste segmento nos últimos 12 meses, equivalente a 2,3 milhões de contratos.
Embora tenha apresentado queda na receita da TV paga, o grupo destaca a liderança na base no segmento, com 48,7% do mercado brasileiro. Especificamente em relação ao DTH, a Claro Brasil afirma que continua na estratégia de “focar em rentabilidade e em uma base de clientes mais qualificada, com objetivo de construção de um negócio mais sustentável”.