O Delivery Direto, ferramenta para a criação de aplicativos de vendas para estabelecimentos comerciais, registrou um crescimento de 137,5% em sua base de lojistas desde que seu desenvolvedor original, o Kekanto, foi adquirido pela Locaweb em 2019. Boa parte desse crescimento aconteceu em 2020, em decorrência da pandemia, que também proporcionou uma diversificação dos seus clientes: inicialmente pensado para atender a restaurantes que desejavam ter um app próprio, o Delivery Direto agora é usado também por cervejarias artesanais, lojas de conveniência, pet shops, farmácias e até delivery de água, relata Allan Panossian, fundador e CEO do Delivery Direto, em conversa com Mobile Time.

“Sempre escutávamos muito os usuários do Kekanto. Por volta de 2015 e 2016, os marketplaces de delivery estavam ficando populares, só que os restaurantes começaram a reclamar que, embora estivessem vendendo mais, perdiam dinheiro, por causa da comissão paga ao marketplace, que variava entre 12% a 20%. Ou seja, o marketplace gera demanda, mas suga muito a margem. Então tivemos a ideia de criar um app white label para restaurantes”, relembra.

Allan Panossian

Allan Panossian, fundador e CEO do Delivery Direto: “É importante estar no marketplace porque é uma vitrine. Mas ter um canal próprio é crucial para a saúde financeira do restaurante”

Outro problema que os restaurantes enfrentam quando dependem exclusivamente de um marketplace é que ficam sujeitos a altos e baixos de demanda conforme o destaque concedido dentro dele. Como isso foge ao seu controle, fica mais difícil se preparar adequadamente para atender os pedidos.

Além de preservar a margem de lucro do estabelecimento comercial e dar maior controle sobre os pedidos recebidos, ter um app próprio garante ao lojista acesso aos dados do seu cliente, o que enriquece seu CRM. Outra vantagem é que o Delivery Direto fornece ferramentas de marketing digital para criar promoções e cupons de desconto que podem ser enviados por mensagem push, e até programa de fidelidade. E ainda funciona como uma central única de pedidos, consolidando aqueles que chegam de outros canais, como o WhatsApp.

De todo modo, Panossian não recomenda que os estabelecimentos saiam dos marketplaces depois de criarem apps próprios. Ele entende que são canais complementares: “É importante estar no marketplace porque é uma vitrine. Mas ter um canal próprio é crucial para a saúde financeira do restaurante”.

Através do Delivery Direto um estabelecimento comercial cria e publica na App Store e na Google Play seu app próprio em Android e iOS, além de receber uma versão para web acessível por computadores e celulares. Existe um template básico para todos os apps do Delivery Direto, com o mesmo fluxo de dados e funcionalidades, mas cada um customiza elementos de design, como cor, fonte e logomarca, assim como o conteúdo, obviamente (catálogo de produtos, preços, promoções etc). É possível também integrar com o software de frente de caixa. As atualizações acompanhando a evolução dos sistemas operacionais móveis são feitas pelo Delivery Direto. O faturamento de cada pedido e a entrega ficam a cargo dos estabelecimentos.

A solução do Delivery Direto inclui ainda um CRM embarcado, ao qual pode ser importada uma base de clientes pré-existentes. E oferece também uma funcionalidade de recomendações de negócios via inteligência artificial, sugerindo desde combos com pratos mais vendidos até expansões da área de entrega, caso se verifiquem muitas tentativas de pedidos fora do alcance geográfico definido pelo proprietário.

 

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