Depois de iniciar os testes com as câmeras portáteis nos uniformes das forças de segurança no Réveillon do ano passado, o Governo do Estado do Rio de Janeiro avança com o projeto de segurança pública. A partir de 16 de maio, policiais militares de 10 batalhões operacionais da capital fluminense atuarão com os dispositivos em seus uniformes. Por meio de sua assessoria, a empresa vencedora do pregão eletrônico realizado em setembro, a paranaense L8 Group, informou para Mobile Time que, atualmente, a companhia usa os serviços da Vivo para fazer a transmissão dos dados, mas que a operadora pode mudar de acordo com a cidade. Vai depender da cobertura móvel nas diferentes regiões do estado.
Em resposta a este noticiário a assessoria de imprensa informou que o L8 Group “deve entregar o serviço contratado com velocidade compatível para fazer o upload das imagens para a nuvem num período de oito horas.”
As câmeras portáteis também já estão sendo usadas pelos agentes que atuam na Operação Lei Seca no Estado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM), até o fim do primeiro semestre deste ano, todas as unidades operacionais convencionais do estado usarão 8 mil câmeras. Para tal, a SEPM definiu um cronograma de implantação:
– policiais militares do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área) – o 2º BPM (Botafogo), 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão), 5º BPM (Praça da Harmonia), 6º BPM (Tijuca), 16º BPM(Olaria), 17º BPM (Ilha do Governador), 19º BPM (Copacabana), 22º BPM (Maré) e 23º (Leblon) – até a segunda quinzena de maio;
– policiais militares lotados nos batalhões do 7º CPA, que atuam na região serrana do estado – 11ºBPM (Nova Friburgo), 26º BPM (Petrópolis), 30º BPM (Teresópolis) e 38º BPM (Três Rios) – até o final de maio;
– demais regiões – 6º CPA, que atua nas regiões Norte e Noroeste do estado; 2º CPA, que atua em parte da Zona Norte e na Zona Oeste da capital; 4º CPA, responsável pelo Leste Fluminense; e 3º CPA, responsável pela Baixada Fluminense – entre final de maio e final de junho.
De acordo com o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, os policiais estão passando por um treinamento feito pela empresa vencedora da licitação para saber manejar as câmeras portáteis de forma correta. Segundo reportagem de O Globo, as instruções para uso das microcâmeras estão sendo feitas de forma remota.
O histórico
Em setembro de 2021 o Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou o processo de pregão eletrônico das câmeras portáteis. Das oito empresas, a vencedora foi a L8 Group arrematou o pregão com um lance de R$ 296 por câmera portátil, representando uma redução de 70% do montante inicial, fixado em R$ 985.
Em dezembro, o governo anunciou o início do programa, com policiais militares do 19º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O L8 Group adquiriu câmeras chinesas da Hikvision e as integrou com o software da norte-americana Vision Logix, próprio para segurança pública. “Com isso, a gente criou um ecossistema seguro que consegue através do policial utilizando essa body camera acompanhar tanto uma operação policial ao vivo quanto fazer armazenamento dessas imagens para consulta posterior, de forma que elas tenham validade jurídica porque são assinadas e possuem uma marca d’água”, explicou Leandro Kuhn, CEO da companhia na época em que foi anunciada a vencedora do pregão.
Ao todo, foram adquiriras entre 17.340 e 21.571 câmeras portáteis. Distribuídas da seguinte maneira: à Polícia Militar está reservada a maior fatia, entre 16.068 a 20 mil unidades. E os outros órgãos a receber são: Polícia Civil (entre 80 e 100 aparelhos), Bombeiros (43), Detran (63), Operações Segurança Presente (entre 570 e 765), Operação Lei Seca (entre 56 e 130), entre outros órgãos como Detro (98), Secretaria de Fazenda (150), Instituto Estadual do Meio Ambiente (142) e Casa Civil (entre 70 e 80).