A prefeitura de São Paulo credenciou três empresas para prover Wi-Fi de graça aos cidadãos em locais públicos: America Net, Surf Telecom e WCS. A primeira já assinou contrato e iniciou a instalação de pontos de acesso, enquanto as outras duas devem assinar nos próximos dias, prevê o secretário municipal de inovação e tecnologia, Daniel Annenberg.

O projeto, batizado como WiFi Livre SP, contempla 619 locais públicos, como praças, parques, bibliotecas, postos de saúde, centros culturais etc. Trata-se de uma expansão de uma rede que já existia, mas que era limitada a 120 pontos, localizados apenas em praças e parques. Além disso, o modelo de negócios é diferente. Até então, a prefeitura pagava cerca de R$ 12 milhões por ano para duas empresas manterem a rede pública de Wi-Fi. Nesta nova fase, as empresas credenciadas arcam com todos os custos de implementação e gestão, em troca da exploração de publicidade para o acesso do cidadão. A prefeitura, por sua vez, fornece os postes para a instalação dos equipamentos.

“Boa parte da população, principalmente aquela com menos recursos, tem tremenda dificuldade de acessar a Internet. Nos 120 pontos de acesso atuais, vemos muita gente usando Wi-Fi para tratar de oportunidades de emprego, conversar com família que está distante ou para acessar redes sociais. Estar conectado faz diferença nos dias de hoje. Para quem tem cote de dados é fácil. Para quem não tem, o Wi-Fi público é essencial”, comenta Annenberg.

Atualmente, a prefeitura contabiliza em média 10 milhões de acessos por mês à sua rede pública de Wi-Fi. O secretário espera que esse volume Peo menos triplique na nova fase do projeto.

As redes devem prover velocidade mínima de 512 Kbps. O usuário precisa assistir a 10 segundos de vídeo publicitário em troca de 30 minutos de acesso. O serviço respeita as regras do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados, diz Annenberg. O único dado que o usuário fornece é seu número celular.

Cobertura

Entre os 619 pontos listados pela prefeitura, 300 são obrigatórios. Trata-se justamente daqueles localizados em bairros mais periféricos e de menor atratividade comercial. Os outros 319 são opcionais. America Net e Surf Telecom anunciaram que pretendem cobrir todos os 619 pontos. A America Net solicitou inclusive a adição de mais dois, totalizando 621. Portanto, em vários locais da cidade haverá três redes de Wi-Fi abertas ao público.

A expectativa da prefeitura é ter os 300 pontos obrigatórios cobertos até o final do ano, e o restante ao longo de 2020. “São Paulo será provavelmente a cidade da América Latina com maior quantidade de pontos de acesso de Wi-Fi público”, prevê o secretário.

Para se ter uma ideia da expansão da rede, a Zona Leste, que contava com 36 locais com Wi-Fi público, passará a ter 222. A Zona Oeste passará de 14 para 65. A Zona Norte, de 17 para 113. A Zona Sul, de 29 para 173. E o Centro, de 24 para 48.

 

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