Dois terços dos executivos do setor de semicondutores (65%) acreditam que o segmento deve voltar à normalidade em 2023, encerrando o período de escassez de peças, iniciado durante a crise do Novo Coronavírus em 2020 e que se estendeu com a guerra Rússia x Ucrânia em 2022.

O dado é de um estudo da KPMG com a Global Semiconductor Alliance (GSA) que entrevistou 151 líderes de empresas globais do segmento e foi divulgado nesta segunda-feira, 29. O relatório aponta ainda que 20% dos profissionais são céticos e ainda veem escassez até 2024, mas 15% avaliam que o atual momento tem equilíbrio entre oferta e demanda.

A geopolítica internacional é apontada como a maior preocupação entre os executivos, ao lado da nacionalização da tecnologia de semicondutores (movimento com disputa encabeçada por China e Estados Unidos) e da inflação global.

Expectativas até dezembro

Os executivos revelam ainda que o setor automobilístico é o que mais deve se beneficiar e será o impulsionador das receitas até o final de 2023. O setor foi o mais impactado pela escassez de chips dos últimos três anos, mas, se mantiver a toada de crescimento, poderá gerar uma receita anual de US$ 200 bilhões, em 2030, e de US$ 240 bilhões, em 2040.

Os participantes da pesquisa também esperam em 2023 que as receitas sejam guiadas por chips de comunicação sem fio (vide 5G e Wi-Fi) e semicondutores para novas tecnologias, como IoT, computação em nuvem e inteligência artificial.

 

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