| Publicada no Teletime | Participando nesta terça-feira, 29, de painel ministerial no MWC 2021, em Barcelona, o ministro das Comunicações brasileiro, Fábio Faria, agora passou a falar na realização do leilão de 5G no próximo mês de agosto, e não mais julho como vinha colocando até aqui.

O prazo foi informado sem maiores detalhes sobre a interlocução com o Tribunal de Contas da União (TCU), que está avaliando o edital de 5G. Antes de embarcar para Barcelona (Espanha), Faria solicitou do tribunal uma estimativa de data que pudesse ser apresentada no evento anual da indústria móvel.

“A tecnologia 5G está dando seus primeiros passos de forma mais ampla no mundo. Vários países europeus e asiáticos já começaram a implantar suas redes. Na América do Sul, vimos o sucesso do Chile com sua política 5G e o Brasil realizará seu leilão até agosto deste ano”, sinalizou Faria em sua fala, a qual Teletime teve acesso.

“Esse será o maior leilão de radiofrequências que já fizemos e não temos como objetivo aumentar a receita do governo. 95% do valor do leilão será convertido em investimentos. Em outras palavras, os vencedores serão os que apresentarem maior comprometimento com aspectos socialmente relevantes”, prosseguiu o ministro, na ocasião.

Faria ainda destacou a decisão federal de perseguir implementações de 5G standalone (SA), bem como a de investir em um sistema de redes ópticas na Amazônia e em uma nova “rede governamental segura” a partir de recursos do certame.

Outro aspecto abordado foi o OpenRAN: Faria notou que recursos de fundos setoriais já estão sendo utilizados em projetos do gênero, ao mesmo tempo em que a Anatel tem trabalhado em medidas para desenvolver o padrão de redes de acesso desagregadas.

Potenciais ganhos de produtividade no agronegócio, na indústria e no sistema de saúde a partir do 5G também foram apontados por Faria, que encerrou sua participação pedindo inovação às teles brasileiras. “As operadoras têm que mergulhar nas necessidades específicas de setores e desenvolver soluções customizadas para se manterem relevantes. É aí que está o valor e onde queremos as telecomunicações brasileiras”.

 

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