POCO

Smartphone POCO M3 Pro com 5G. Foto: divulgação

A POCO, empresa de handsets resultado de um spin-off da Xiaomi, deseja ser independente da marca principal na operação brasileira. Foi o que afirmou em conversa recente com Mobile Time o gestor de produtos da marca no Brasil, Roberto Scodeler, apesar de estar debaixo do mesmo guarda-chuva da parceria DL/Xiaomi.

“Atualmente a distribuição é feita pelo grupo DL. Mas terá operação exclusiva da POCO. Como está em processo de transição, será uma marca exclusiva da Xiaomi. Já temos gestores de produtos, marketing e vendas dedicados”, diz Scodeler.

O executivo esclarece que a POCO tem uma raiz na Xiaomi em suporte e produção, e que esta dinâmica será mantida no Brasil. Porém, a empresa quer se diferenciar de sua marca-mãe ao partir para um público mais ‘nerd’.

“A POCO por si só tem uma filosofia voltada para os feedbacks e tecnologias voltadas ao usuário. Como é conhecida para o público geek, ela retira um recurso não utilizado, mas entrega mais performance. Nossos produtos são mais voltados para o público geek”, explica o gestor de produto.

Novo handset

Scodeler explica que a busca por independência começa a partir do handset lançado nesta terça-feira, 29, o POCO M3 Pro 5G. Embora a marca tenha outros cinco dispositivos à venda via Xiaomi/DL, o smartphone mais novo da marca tenta atrair o consumidor que busca por um modelo premium.

“A POCO M3 Pro 5G chega um mês depois do lançamento global. O 5G estava presente na série F (mais avançada) até então”, afirmou Scodeler. “Hoje, temos no nosso portfólio o Poco M3, Poco M3 Pro 5G, X3 Pro, Poco F3 5G. Até o começo de 2021, eram apenas dois. Ampliamos para cinco em menos de seis meses”, conta.

Scodeler afirma que a marca deve desenvolver mais produtos e o portfólio vai aumentar. Mas não há datas ou modelos específicos.

Design

No passado, a marca foi criticada por usuários ao oferecer produtos com chipsets mais caros, mas munidos com telas de qualidade inferior e design à base de plástico; enquanto outros smartphones na mesma faixa de preço teriam acabamento em vidro e/ou metal.

“A linha POCO foi reformulada. Esse (POCO M3 5G) é o primeiro totalmente reformulado na parte traseira. Ele é premium e brilhante. Sempre buscamos design voltados no feedback. Escutamos e melhoramos. Esse smartphone de intermediário de entrada, ele começa a ter tecnologia mais avançada que antes só tinha na linha F. Ele sobe o nível”, defendeu executivo.

Contudo, o mais novo celular também tem a base de plástico: “Ainda não é vidro. É plástico. Mas fizemos um trabalho que simula vidro e busca trazer mais qualidade. O design foi reformulado com acabamento brilhante”, explicou. “A nossa filosofia da POCO e da Xiaomi é de lucro mínimo. Logística, operações, nós sempre focamos no custo mínimo”, disse.

Configuração

Com chipset Media Dimensity 700 octa-core de 2,2 GHz, o handset tem: tela de 6,5 polegadas com taxa de atualização de 90 Hz; 6 GB de RAM, 128 GB de espaço; Android 11 com MIUI 12; NFC; Bluetooth 5.1; Dual SIM 5G (nano); bateria de 5.000 mAh; câmera tripla de 48 MP principal, 2 MP macro e 2 MP sensor de profundidade; câmera frontal de 8 MP; e sensor biométrico lateral.

Disposição e estratégia de preços

Com vendas iniciadas nesta terça-feira nos canais oficiais da Xiaomi, POCO M3 5G chega ao mercado com preço promocional de R$ 2,4 mil. O valor será mantido até 5 de julho. Após essa data, o smartphone volta ao seu preço original, R$ 3 mil, e passa a ser vendido também nos parceiros. Contudo, não há data de lançamento do dispositivo nos demais varejistas.

 

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