O Google segue os passos da Meta e também vai retirar links de reportagens de notícias em seus serviços de Busca, Google Notícias e Discover no Canadá depois que a lei Bill C-18 entrar em vigor – o que deve acontecer em seis meses. Em comunicado, Cris Turner, vice-presidente de assuntos globais e políticas públicas da empresa, disse ainda que não poderá mais operar o Google News Showcase (Google Destaques). A nova regulamentação exige que as big techs negociem compensações com editores por material vinculado.
“Não tomamos essa decisão levianamente, mas o projeto de lei cria uma exigência sem precedentes de que as plataformas paguem por simplesmente mostrar links para notícias, algo que todo mundo faz de graça. Isso cria incerteza para nossos produtos e nos expõe a responsabilidades financeiras ilimitadas simplesmente por facilitar o acesso às notícias”, escreveu Turner no blog do Google.
Turner disse ainda que a empresa planeja “participar do processo regulatório” e deseja que o governo desenvolva um “caminho viável”. A empresa de tecnologia espera pelo menos uma mudança parcial de opinião, para simplificar.
Em seu texto, o executivo também apresenta outras regulações as quais o Google precisou se ajustar, como na Europa, onde é possível ter links de matérias e pequenos trechos de conteúdos de veículos de empresas. Em 15 países do continente europeu, a companhia fez acordos comerciais com mais de 1,5 mil veículos. A República Tcheca ainda permite manchetes e links. E, na Austrália, onde a lei exige que alguns serviços online paguem por notícias, o Google negociou acordos que mantêm seus recursos de notícias disponíveis.
Há também o exemplo de Taiwan. Neste caso, o Google atuou junto com o governo e o setor de imprensa para construir o Fundo Comum de Prosperidade Digital, criado para apoiar o futuro do jornalismo online.