A Motorola apresentou nesta quinta-feira, 29, três modelos de celulares da família Edge e atualizações no serviço que conecta PCs e smartphones, o Ready For. Nos handsets para o segmento super premium, de R$ 2 mil a R$ 3 mil, a companhia trouxe o Edge 20 Pro, Edge 20 e Edge 20 Lite todos com Android 11, 5G, Wi-Fi 6 e câmera principal de 108 MP, 32 MP na lente de selfie e tela de 6,7 polegadas.
Por sua vez, o Ready For ganha versão web para conectar em qualquer PC via QR Code, similar ao WhatsApp Web. Também passa a ter função de reconhecimento facial e teleprompter (leitura de roteiro) com monitor para transmissão online, além de mirrorcast para espelhar o celular na TV.
Configurações dos celulares
Basicamente, a diferença dos devices é o chipset e sua capacidade. O Edge 20 Pro tem 12 GB, 256 GB de espaço e Qualcomm Snapdragon 870. Outro device, o Edge 20 vem com Snapdragon 778G, 8 GB de RAM e 128 GB de espaço. E o Edge 20 Lite tem processador MediaTek Dimensity 720, 8 GB de RAM e 128 GB de storage.
Disponibilidade
Com o lançamento para mercados selecionados na Europa, América Latina (com o Brasil entre eles), Oriente Médio e Ásia a partir de agosto, os smartphones têm os seguintes preços sugeridos: Edge 20 Pro por 700 euros; Edge 20 sairá por 500 euros; e Edge 20 Lite, 350 euros.
A atualização do Ready For funciona via cabo e wireless com os handset Edge 20 e Edge 20 Pro. O Edge Lite pode usar a versão anterior (Traditional).
Análise
No mesmo dia que a Motorola apresentou globalmente seu portfólio premium, a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box “O brasileiro e seu smartphone” trouxe a realidade do brasileiro comum no consumo desses dispositivos e um cenário não muito animador para quem pretende vender handsets acima de R$ 2 mil, levando em conta a cotação do euro a R$ 6 e o valor do Edge 20 Lite por 350 euros. Na média nacional, o usuário de Android está há dois anos e dois meses com seu dispositivo.
Feita diretamente com 1,1 mil consumidores entre os dias 9 e 16 de junho, a análise revela que a Motorola é a vice-líder do mercado com 22%, porém, a Samsung lidera com quase o dobro (43%) do share. De fato, a Motorola só passaria a Samsung se tivesse as fatias de mercado Apple (13%) e Xiaomi (10%).
Em conversa recente com esta publicação, Renato Meirelles, analista de pesquisa e consultoria em consumer devices da IDC Brasil, alertou que a expectativa para o segundo semestre é de alta de preços e racionalização do portfólio das empresas. Além disso, lembrou que a crise do supply chain atrelada à saída do LG deve afetar a oferta de smartphones no mercado nacional.
Aliás, a LG que saiu recentemente do mercado de smartphones têm 7% da base de smartphones, segundo a pesquisa do Mobile Time/Opinion Box.
Globalmente, o relatório da Canalys no segundo semestre de 2021 coloca Samsung e Xiaomi na liderança em sell-in (envio de peças ao varejo, na tradução) com 19% e 17%, respectivamente. Em seguida aparecem Apple (14%), Oppo (10%) e Vivo (10%). A Motorola não figura entre os principais fabricantes no mundo nesta análise.