Candidatos, partidos e coligações têm buscado fornecedoras de plataforma de SMS a fim de incrementarem o seu contato com os eleitores nessa campanha eleitoral. O executivo de uma empresa que presta serviço de disparo de mensagens de texto informa já ter sido procurado por candidatos e partidos políticos, como PSDB, PT e PMDB. Segundo essa fonte, a frequência e a quantidade de mensagens eletrônicas vão variar de acordo com a estratégia de cada cliente, que pode preferir, por exemplo, concentrar o envio de SMS no período mais próximo da eleição. A empresa dessa fonte já trabalhou com esse tipo de conteúdo há quatro anos nas eleições estaduais e nota um aquecimento na demanda por parte de candidatos e partidos este ano.

Apesar do crescimento da demanda nessa época de eleição, nem todas as empresas de disparo de SMS estão dispostas a atuar nas campanhas por celular. A Zenvia, por exemplo, informa que não trabalha com  candidatos e partidos em razão do posicionamento contrário das operadoras de telefonia móvel em relação ao envio de conteúdo político.

Teles

As operadoras Claro, Oi, Vivo e TIM informam que não autorizam o envio de SMS com propaganda política. A Oi afirma que essa vedação está prevista nos contratos firmados com empresas parceiras. A TIM, por sua vez, alerta que se algum partido ou candidato usar planos de SMS da empresa (Liberty Torpedo ou Infinity Torpedo) para disparo de propaganda política, as mensagens poderão ser detectadas pelo mecanismo antispam e bloqueadas.

Broker

É sabido da existência no mercado de brokers internacionais de SMS, contratados via web, que se aproveitam de conexões de roaming das operadoras para entregar mensagens de texto a preços baixos, pois não há repasse de receita para as teles, nem qualquer garantia de controle ou de entrega das mesmas. Esse tipo de serviço, apelidado como "SMS pirata", já foi usado em eleições passadas para envio de spam eleitoral no dia da votação, conforme noticiado à época.

Legislação

Cabe lembrar que a legislação eleitoral brasileira não proíbe a propaganda via SMS ou qualquer outro meio eletrônico, inclusive no próprio dia da votação. Conheça o posicionamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o tema.

 

 

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