O WhatsApp entrou com processo nesta terça-feira, 29, contra a empresa israelense NSO Group, de vigilância cibernética. De acordo com o jornal The New York Times, a companhia teria usado o serviço de mensageria para espionar mais de 1,4 mil alvos em 20 países, incluindo 100 jornalistas e ativistas de direitos humanos.
A investigação é fruto da parceria entre o WhatsApp e o grupo de pesquisa Citizen Lab, da Universidade de Toronto, e começou no segundo trimestre deste ano. Na época, o Citizen Lab acusou o NSO Group de explorar uma brecha na segurança do aplicativo de mensageria para invadir o telefone de um advogado de Londres. Este, por sua vez, representou vários queixosos em processos que acusavam o grupo israelense de fornecer ferramentas para invadir o celular de um dissidente da Arábia Saudita que vive no Canadá, além de um grupo de jornalistas e ativistas mexicanos.
O processo foi aberto no Tribunal Distrital dos Estados Unidos no Distrito Norte da Califórnia. O Grupo NSO não respondeu ao pedido de comentário ao jornal norte-americano.
O WhatsApp informou em comunicado que estava informando os clientes afetados com mensagens especiais pelo próprio aplicativo. A empresa está buscando uma liminar permanente proibindo o NSO Group de usar seus serviços e pediu aos legisladores que proíbam o uso de armas cibernéticas como as vendidas pela empresa israelense para governos em todo o mundo.