O isolamento social e as aulas online durante a pandemia provocaram um aumento na proporção de crianças brasileiras que possuem smartphone próprio, assim como um aumento no tempo de uso desse dispositivo por elas. Atualmente, nas famílias brasileiras cujos pais têm smartphone, 49% das crianças de 0 a 12 anos também têm um aparelho próprio. Um ano atrás eram 44%. Vale destacar que 71% dos smartphones nas mãos dessas crianças têm um chip de operadora, ou seja, podem realizar ligações na rede telefônica e acessar a rede de Internet móvel. Os dados fazem parte da nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de smartphones por crianças.

O maior crescimento de posse de celular aconteceu entre as crianças na faixa etária de 7 a 9 anos: a proporção com smartphone próprio subiu de 52% para 59% no intervalo de um ano. No grupo de 10 a 12 anos, o percentual passou de 76% para 79%.

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58% dos pais cujos filhos têm um smartphone próprio apontam os estudos como um dos motivos para a criança possuir o aparelho, seguido por entretenimento (57%) e comunicação com os pequenos (54%).

Já entre os pais que emprestam seus smartphones aos filhos, a principal razão é entreter a criança enquanto realizam outras tarefas, dizem 57% deles, enquanto 41% informam que emprestam o aparelho para que os filhos desenvolvam habilidades com tecnologia – era permitido marcar mais de uma opção.

O prejuízo ao desenvolvimento das crianças é a principal razão para não se permitir o acesso delas a um smartphone, apontam 66% dos pais cujos filhos não têm um dispositivo próprio e nem usam emprestado o seu. O risco de exposição a conteúdo inapropriado vem em segundo lugar (36%), seguido do risco à saúde (28%). E 21% dos pais dizem que não emprestam seu smartphone por medo que a criança o quebre.

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Durante a pandemia, os pais brasileiros ficaram mais lenientes no controle do tempo que seus filhos passam com o smartphone. Em um ano, caiu de 72% para 65% a proporção de pais que estipulam um limite máximo de tempo de uso por dia para as crianças. 

Quanto mais velha a criança, mais tempo ela passa por dia com o smartphone. No grupo de 10 a 12 anos, 37% ficam quatro horas ou mais, estimam seus pais. Esse percentual cai para 21% na faixa entre 7 e 9 anos; para 14%, entre 4 e 6 anos; e 6%, de 0 a 3 anos.

O uso excessivo é reconhecido pela maioria dos pais. 60% deles entendem que seus filhos passam mais tempo do que deveriam com smartphones. A preocupação é maior entre mães (63%) que entre pais (55%). E há também uma diferença de acordo com a renda familiar mensal, sendo maior nas famílias das classes A e B (63%) que naquelas das classes C, D e E (58%).

A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box entrevistou 1.962 pais que possuem smartphone e que têm filhos de 0 a 12 anos, entre os dias 15 e 23 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O relatório integral pode ser baixado aqui.

 

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