A relação da Positivo Tecnologia com a marca de celulares chinesa Infinix será um projeto de longo prazo. Em conversa com Mobile Time nesta semana, o diretor de mobilidade da Positivo Tecnologia, Cristiano Freitas, deu mais detalhes da parceria com a marca de handsets da chinesa Transsion: “Como falei para o conselho da Positivo: não é só o produto. É um projeto”, afirma o executivo.
“Estamos falando do terceiro maior grupo de celulares, somando feature phones e smartphones. O sexto em smartphones. É importante ter um parceiro global dessa magnitude, pois eles se sentam com os fornecedores para negociar memória, chip e telas com mais fluidez”, explica o executivo. “É um acordo plurianual com estratégia de longo prazo. Um tempo considerável para construir fortemente para ser um player importante. Não tem finitude. É um contrato com um casamento de papel passado”, completa.
“Namoro antigo”
Freitas explicou que o “namoro” da fabricante brasileira com a Infinix é antigo, de anos, mas a parceria foi efetivada apenas cinco meses atrás. A partir do acordo firmado, a Positivo “replicou a linha de manufatura” da marca chinesa. Inicialmente, os handsets serão fabricados em Manaus. Mas Freitas afirma que há estudos para utilizar as outras duas unidades fabris da Positivo, em Ilhéus e Curitiba (sede administrativa da empresa). A ideia é que essas plantas ajudem a diluir custos de tributação, manufatura e ajudar na distribuição dos smartphones pelo País.
“Importante dizer que é um projeto do zero. Estamos fazendo no Brasil. Fazemos a fabricação própria desde o início”, disse. “Levou mais tempo e deu mais trabalho. Mas será com fabricação local e tudo de acordo com a legislação, com PPB, nota fiscal local e itens nacionais”, completou.
Alvo
Na estratégia para alcançar o consumidor, a companhia de celulares quer se posicionar com smartphones na gama de preço intermediária, o que significa valores de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Esse objetivo foi traçado após análises da Positivo junto ao consumidor, como explicou o diretor da empresa.
“Fizemos muita pesquisa para entender que produto trazer para o brasileiro, o que ele gosta, o que é ideal chegar, inclusive pesquisas qualitativas (focus group)”, disse. “Queremos trazer o máximo (de tecnologia) possível para o consumidor. Um exemplo: o brasileiro não conhece a memória RAM, mas ele gosta da performance. Nós temos objetivo de mostrar que RAM é importante e que traz melhora na performance do produto”, explicou.
Apostando na performance para mostrar a cara da Infinix, o primeiro produto que chegou ao mercado na segunda-feira, 25, o Note 10 Pro, tem 8 GB de RAM: “É um handset com 8 GB de RAM, o mais forte da faixa intermediária, e tem processador MediaTek gamer (Helio G95), o melhor chipset gamer da MediaTek”, afirmou o diretor.
“Embora tenha um chipset e apelo para o público de jogos, o Note 10 Pro não é só para o gamer mobile. Se o gamer gosta é porque todo mundo pode usar. Para todos os outros tipos de pessoas. Não existe um público específico. É para quem quer desempenho, quem gosta de ver um filme com alto-falante estéreo”, completou.
Vale dizer que os handsets da Infinix terão apoio local provido pela rede de assistências técnicas da Positivo, além de dois anos de garantia – inclusive da tela.