O mercado de redes privativas móveis em 4G e 5G deve passar de US$ 1,8 bilhão, em 2022, para US$ 8,2 bilhões, em 2026 no mundo, sem contar a receita com conectividade. Nesse período, a projeção é que cresça a uma taxa de 36% ao ano, segundo o IDC. Por isso, Marco Szili, sócio-fundador da Telesys, acredita no surgimento das chamadas Private Network Operators (PNOs), empresas especializadas nesse tipo de rede, como uma tendência no mercado de telecomunicações.
Na visão de Szili, as MNOs já começaram a disputar espaço dentro do mercado de redes privativas, operando redes públicas e redes privativas ao mesmo tempo. As PNOs serão concorrentes diretas das MNOs nesse novo cenário.
“É importante não colocar redes públicas como antagônicas às redes privativas. Ao contrário, as redes privativas vão ser uma opção enorme para as MNOs. Elas já enxergaram isso e todas estão criando departamentos para cuidar especificamente disso, para aproveitar esse nicho de mercado”, afirmou no MPN Fórum, evento organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 29, em São Paulo.
O sócio-fundador da Telesys enxerga o crescimento de redes privativas como tendência na medida em que crescem os número de casos em que essas redes são utilizadas em segurança pública e em outras situações críticas que exijam confiabilidade e segurança na rede, algo que a privativa pode proporcionar. Ele deu como exemplo a rede LTE que está sendo implantada na Bahia.
“À medida que as empresas começam a demandar um serviço de qualidade melhor que o Wi-Fi e o rádio, também vão demandar redes privativas”, afirmou Szili, citando um caso de uma mina subterrânea na qual 200 pontos de acesso Wi-Fi foram substituídos por 10 small-cells. “A tendência do mundo celular é atingir também as redes privativas. Nós vamos ter open cores e plataformas abertas para monitorar todos esses dados. E isso vai gerar produtos específicos para cada uma das verticais”, adicionou.